ADELZONILTON
Um Verdadeiro malandro carioca, morador do bairro da Chatuba, hoje município de Mesquita. O nome se reporta ao nordeste, Alagoas, cidade de Maceió onde nasceu fruto do amor de Sr. Jonas Barbosa da Silva(falecido) e Sra. Geni Conceição Silva (hoje dia 24/10/2011 completando 90 anos) – Adelzonilton Barbosa da Silva o nosso Adelzonilton, 68 anos, veio para a Baixada aos 4 anos (onde mora até hoje); sua luta pela sobrevivência começou já na infância, aos 9 anos, quando da perda de seu Pai começou a vender balas nos trens da Central para ajudar sua Mãe a criar seus irmãos. A sua distração era ficar na porta do bar do Sr. Gordo observando um Sr. Cantando com um violão músicas que o faziam feliz. O Sr. Gordo um dia apresentou este cidadão músico a Adelzonilton – menino este é o Nelson do Cavaquinho. A partir deste momento passei a ser o carregador oficial de seu instrumento musical; mais tarde através dele entrei para o mundo artístico. Compôs sua primeira música em 1984, já sendo gravada pelo saudoso Bezerra da Silva – “Pode Acreditar em Mim”; e daí não parou mais, começou a escrever com exclusividade para Bezerra – “Defunto Cagüete, Batina do Padre, Eu Não Sou Santo, Malandragem Dá Um Tempo, Deixa Uma Palha Pro Veio Queimar, Pobre Aposentado, Dois Venenos Juntos, Sujou Sujou, Cabeça De Malandro Esperto, A Fumaça Já Subiu Pra Cuca – mais tarde na fase Bezerra Gospel: Achei A Vida, Teu Sangue É Meu Nome, Casa Santa, A Vida Que Deus Me Deu, Deus Vendo O Que Era Bom, Eu Não Sou Dono Do Mundo, Senhor Ilumine Meus Caminhos (alguns parceiros nestas composições gravadas pelo Bezerra: Nilo Dias, Franco Teixeira, D’Martins, Popular Pê, Moacir Bombeiro). Gravou também com o Grupo Barão Vermelho (Malandragem Dá Um Tempo), Marcelo D2 (regravando a discografia de Bezerra), Paulinho Sumaré (“Venha Com Calma Doutor” e “Vovó Mandou”)(parceiros: Sumaré, Franco do Pavão, Damião da Cuíca, Lemos), Grupo Som 7 (Dinora). Participou de Projetos e Filmes Documentários: Projeto Adelzon Alves na UERJ, Tributo a Bezerra da Silva, Onde A Coruja Dorme (TV Zero), Programa Regina Case (TV Globo) onde atuou com Regina e Bezerra. Teve uma ligeira passagem nas composições de Sambas Enredo no GRBC Amar e Viver (do bairro da Chatuba em Mesquita) sendo campeão três vezes – recorda-se de “É Maravilhoso Assistir”. Seu legado de músico fica pro seu garoto Alexandro Batista percussionista tendo já participado em eventos junto com o Grupo Pique Novo. Um abraço para os velhos companheiros de luta no samba como Pinga, Caboré, Jairo Bráulio, Mario Carabina, Menilson, Edson Bombeiro, Claudinho do Leão, Pedro Butina e sente saudades de: Juarez Boca do Mato, Carnaval, Anézio, Miltinho e seu mestre Nelson Cavaquinho. Deixa uma palhinha de uma inédita: “Menino de Rua” – No reflexo do Sol Eu Vivo / Na noite as estrelas brilham os meus caminhos / Nas águas sujas do rio eu me lavo / No tempo eu enxugo meu corpo todinho / E na sombra da Lua eu descanso / Para um novo dia começar / Será que amanhã / Eu vou passar o sufoco que Eu passei / Com fome , com sede e com frio / Do meu futuro Eu não sei........Como todas as crianças Eu sonho / Ter Pais, bons amigos e irmãos / O meu sonho não é palacete / Simplesmente um pobre barracão / Aonde só haja alegria / Que todas as pessoas me querendo bem / Oh meu Deus abençoe minhas preces / Prá Vós Eu sempre rezo / Aqui digo Amém. Que bom ter entre nós mais um representante vivo do acervo da cultura musical de Nova Iguaçu.
Porra man, esse coroa morava aqui perto de casa, em edson passos, o otário aqui só o cumprimentava, vivi anos perto de uma lenda e nem sabia, várias músicas feras.
ResponderExcluirHumildão, sempre com a gaiola dele de manhã quando eu ia para o colégio, sangue bom mesmo.
Alguém sabe como encontrá-lo? Seria uma honra pra mim conhecê-lo.
ResponderExcluir