(IN MEMORIAN)
Dois nomes de origem Tupy indicam o recôncavo do nosso ‘mar interior’: Guanabara e Niterói. J. Romão, em ‘Denominações Indígenas na Toponímia Carioca’, dá-lhes as seguintes significações – ‘mar em formato de seio’; Niterói (Iterone, Iterô, Nitherô, Nictheróy), segundo vários pesquisadores, quer dizer ‘mar escondido’.
Em 1502, marinheiros, numa expedição, vistoriando o litoral do futuro Brasil – inicialmente, uma “Ilha” (de Vera Cruz), desceram dando denominações, de acordo com o calendário católico e em razão de umas tantas outras características (Baía de todos os Santos , Cabo frio etc.). No dia 1º de janeiro (1502) – achando que a entrada - saída da Baía de Guanabara fosse a foz de caudaloso rio, nasceu o nome ‘Rio de Janeiro’.
No mapeamento conhecido por Reys-boeck (1624), sob o título ‘Rio Genero’, aparece a palavra ‘flumen’(rio, em Latim, daí...fluminense).
José de Anchieta (no “Auto de São Lourenço”) – referindo-se ao entorno da Baía de Guanabara (Rio de Janeiro) denomina-o de ‘fundo do rio”.
Documentos antigos, de doação do Mosteiro de São Bento, indicam: ‘onde quebra o salgado’(referindo-se às margens da Baía citada).
A denominação dada pelos navegantes lusitanos acabou unida ao nome da Cidade(São Sebastião do Rio de Janeiro), à capitania, à província e ao nosso Estado(RJ).
Não confundir “recôncavo” (a reentrância na qual ficam as águas da Baía Guanabara) com o território que denominamos Baixada Fluminense.
Caso os marujos de 1502 permanecessem mais tempo, em Cabo frio, em pescarias ou comemorações de fim de ano... a Cidade maravilhosa poderia ter recebido outra denominação: - Rio de Dezembro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário