A enfermeira, Iara Cristina, é uma das profissionais do Hospital da Posse que participa do treinamento com pacientes e acompanhantes |
Por: Fernanda Rodrigues
Foto: Everton Barsan
Pacientes ostomizados do Hospital da Posse recebem treinamento
Uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu e a empresa fornecedora de bolsas de ostomia para o município, está permitindo que pacientes ostomizados, internados no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI/Hospital da Posse), recebam treinamento sobre o uso correto da bolsa por meio do projeto Ativa. Além de aprenderem como colocar, retirar e limpar o material – fixado no abdômen e ligado a um dos intestinos –, os pacientes da unidade estão sendo cadastrados para que continuem recebendo, após a alta hospitalar, as bolsas gratuitamente na rede pública de saúde do município.
O programa, que já capacitou mais de 50 pessoas, tem como objetivo ajudar os pacientes que foram submetidos ostomia – abertura criada cirurgicamente entre o intestino e a parte externa do corpo, para saída de fezes e urina – no autocuidado com a bolsa de colostomia (fezes) ou ustostomia (urina). O treinamento é realizado por enfermeiros especializados e cada paciente recebe um Kit com produtos e material de apoio para uso da bolsa.
“A iniciativa é uma forma de prevenção e uma ação para evitar que esse paciente tenha algum tipo de complicação pelo uso incorreto da bolsa em casa, e com isso, precise de uma nova internação. As ações que estão sendo implementadas pelo prefeito Nelson Bornier, avançam não somente na reestruturação das unidades de saúde e aquisição de novos equipamentos, mas também, no monitoramento do paciente pós-alta hospitalar com acompanhamento ambulatorial”, destaca o secretário municipal de saúde de Iguaçu, Luiz Antônio Teixeira Júnior.
Por mês, cerca de 15 pacientes atendidos no Hospital da Posse com complicações no intestino ou no aparelho urinário precisam ser submetidos à ostomia. Segundo o diretor da unidade, Joé Sestello, o procedimento em alguns casos é temporário. “A maioria dos pacientes retornam alguns meses após a cirurgia para retirar a bolsa. Um paciente ostomizado precisa o quanto antes se adaptar a essa nova realidade, mesmo que provisória. A bolsa precisa de cuidados especiais e deve ser trocada a cada três ou quatro dias para evitar infecções, por isso à importância desse treinamento”, afirma.
Além do paciente, o projeto promove o treinamento também com a família. “Meu filho teve obstrução no intestino e vai precisar ficar alguns meses com a bolsa. Até então, estava preocupada como faríamos para comprar, usar e trocar a bolsa. É uma nova rotina que teremos que aprender, mas agora já sei algumas técnicas e me sinto aliviada em saber que vamos conseguir gratuitamente”, disse Cátia Cilene do Nascimento.
Em Nova Iguaçu, o cadastro e distribuição das bolsas de ostomia pode ser feito no Polo Regional de Atenção à Saúde de Pessoas Ostomizadas, localizado na Avenida José Mariano dos Passos, nº948, no bairro Santo Antônio da Prata, em Belford Roxo.
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