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quarta-feira, 12 de julho de 2017

FIRJAN: Baixada Fluminense registra média de mais de 20h sem energia elétrica em 2016

Por: Joana Mineiro
FIRJAN: Baixada Fluminense registra média
de mais de 20h sem energia elétrica em 2016
  Estudo da Federação aponta que Magé é um dos municípios com o pior nível de qualidade. Em 2016, foram mais de 24 horas sem energia
  O fornecimento de energia elétrica no estado do Rio piorou nos últimos cinco anos. De acordo com o estudo “Retrato da Qualidade da Energia no Estado do Rio de Janeiro”, divulgado pelo Sistema FIRJAN nesta terça-feira durante o seminário “Energia Elétrica, Indústria e Competitividade”, em média, os municípios fluminenses ficaram 25 horas sem energia em 2016. Na comparação com 2011, o tempo de interrupção aumentou 10,2%. A média nacional é de 16 horas sem fornecimento. “Um cenário assim afasta novos investidores e inibe qualquer iniciativa de expansão”, disse o vice-presidente do Sistema FIRJAN, Carlos Mariani Bittencourt, na abertura do evento.
   No Retrato da Qualidade da Energia da Baixada Fluminense Área I - abrangendo as cidades de Itaguaí, Japeri, Mangaratiba, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados e Seropédica – o município de Paracambi, por exemplo, ficou mais de 28 horas sem energia. Japeri registrou mais de 24 horas, Seropédica mais de 21 horas, Itaguaí mais de 19 horas, Queimados quase 19 horas e Nova Iguaçu mais de 16 horas de interrupção.
    O estudo, elaborado com base em indicadores da Aneel, aponta que a Baixada I obteve uma pequena melhora no indicador de horas sem energia, que passou de 22,89 horas em 2011 para 21,73 horas em 2016, uma queda de cerca de 5%. Porém, a análise regional, que considera tanto o tempo sem energia como a quantidade de interrupções, mostra que os consumidores da Baixada I tiveram o fornecimento interrompido cerca de 12 vezes em 2016, um aumento de 8,9% em relação a 2011.
    Já no estudo da Baixada Fluminense Área II - abrangendo as cidades de Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Magé, São João de Meriti e Teresópolis – Magé é um dos municípios que aparece com o pior nível de qualidade. Em 2016, foram mais de 24 horas sem energia. Guapimirim registrou mais de 25 horas e Duque de Caxias mais de 18 horas de interrupção.
    O Retrato da Qualidade da Energia aponta ainda que a Baixada II apresentou uma piora no indicador de horas sem energia elétrica, que passou de 21,24 para 22,38 horas. E o indicador de número de vezes sem energia também aumentou, de 9,32 para 12 vezes em 2016.
    De acordo com o Sistema FIRJAN, o acesso à energia elétrica com qualidade, segurança e a preços baixos é fundamental para o desenvolvimento socioeconômico e industrial. Para melhorar o serviço oferecido no estado, a Federação das Indústrias defende investimentos por parte das distribuidoras, além de uma modernização da regulação a partir de uma visão integrada de todo o setor.
   As propostas apresentadas pelo Sistema FIRJAN para a melhoria do ambiente regulatório são a criação de indicadores que mensurem as interrupções abaixo de três minutos, a identificação das classes de consumo nos conjuntos elétricos, o desenvolvimento de pacotes de fornecimento de energia elétrica com qualidade e preço diferenciado para a indústria e o estímulo à expansão das redes inteligentes de energia, as chamadas smart grids.
 Segundo o superintendente de Concessões, Permissões e Autorizações de Transmissão e Distribuição da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Ivo Sechi Nazareno, a agência tem trabalhado para encontrar, cada vez mais, a relação de equilíbrio entre qualidade, investimento e tarifa. O presidente da Enel Distribuição Rio, Ramon Castañeda, citou algumas das medidas que a empresa vem adotando para melhorar a qualidade do fornecimento de energia. “Temos um plano de manutenção e identificação de defeitos na rede, assim como investimentos para a melhoria da rede e a adoção de novas tecnologias”, comentou Castañeda.
 Também participaram do seminário o presidente da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), Nelson Leite, e o presidente do Conselho Empresarial de Energia Elétrica do Sistema FIRJAN, Sergio Malta. Representando os consumidores industriais, também estavam o presidente da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres), Edvaldo Santana, e o presidente do Sindisal (Sindicato da Indústria de Refinação e Moagem de Sal do Estado do Rio de Janeiro), Luis Césio Caetano. No encontro, o Sistema FIRJAN lançou seu novo site de energia elétrica ([www.firjan.com.br/energiaeletrica]www.firjan.com.br/energiaeletrica).
  O recorte regional  da Baixada Fluminense Área I  e II do estudo “Retrato da Qualidade da Energia no Estado do Rio de Janeiro”, segue anexado. Análises de todas as regiões do estado podem ser acessadas através deste link: [www.firjan.com.br/energiaeletrica]www.firjan.com.br/energiaeletrica.

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