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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Vias das Águas, abandonadas

Por: Wandemberg
Vias das águas, abandonadas
 Ainda somos dotados de mentalidade muito atrasada, essa é que é a verdade, principalmente alguns dentre nós que figuram no âmbito da classe política, 'detentores de mandato' que usam de suas atribuições para melhorarem suas próprias finanças, ao invés de usarem suas ações para benefício da Nação. Se compararmos, por exemplo, deputados de países mais civilizados com os de Brasília, veremos que recebem muito menos que os nossos congressistas que votam, muitas vezes, na calada da noite, para si próprios, entre outras coisas, salários gordos e amplos benefícios, como se fossem donos do País. Enquanto isso, o povo enfrenta a crise criada pela maioria desses mentecaptos, totalmente desprovidos de ética e de honra, sabidamente corruptos e envolvidos em falcatruas inomináveis. O pior é que o procedimento inescrupuloso dos políticos, de um modo geral, gera problema de toda sorte e o Estado fica esquecido!

Estado esquecido em Miguel Couto - Caminhos das Águas, sem manutenção
 Um dia desses me dispus a dar uma voltinha pelas adjacências de Miguel Couto, localidade onde nasci vão fazer 70 anos, a fim de localizar algum problema de descaso de gestão governamental, e já nos primeiros 200 metros do Centro do bairro deparei-me com um problema seríssimo, ou melhor, dois problemas no mesmo lugar: Falta de manutenção na "Linha Preta" - que são dutos que levam água de Tinguá, Jaceruba e Rio D'Ouro, para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e o assoreamento do Rio das Velhas. 

Falta de  manutenção da Linha Preta
 A maior parte da Linha Preta não está visível, salvo em seus encontros com rios e outros acidentes geográficos, posto que é subterrânea. Todavia quando aparece aos olhos das pessoas, nota-se que não recebe à mínima manutenção, como é o caso mostrado nas fotos onde seus dutos cruzam e sobrepõem-se ao Rio das Velhas, em Miguel Couto. Uma coisa é óbvia, se as etapas dos tubulões que estão visíveis não recebem a mínima manutenção, conforme as fotos nos mostram, imagina as que estão sob a terra! Esses canos foram implantados a cerca de 150 anos atrás, na segunda metade do século XIX. Há comentário que foram edificadas muitas residencias por sobre os referidos tubulões, e, que é muitos grande  o risco de um tubo destes explodir sob a pressão da água, atingindo estas casas, trazendo grande perigo para os moradores de tais logradouros.

Assoreamento do
 Rio das Velhas
  O outro problema detectado é o assoreamento do próprio Rio das Velhas, cujo fluxo cruza com os dutos da ‘Linha Preta’, em Miguel Couto. Este córrego não sofre uma limpeza há muitos anos. Sua linha d'água que no meu tempo de infância e adolescência se encontrava a cerca de oito metros de distância vertical do pontilhão onde passava a saudosa "Maria Fumaça", hoje está muito próxima. Isso significa que está abarrotado de dejetos e que para segurança dos que moram próximo ao seu leito, é urgente que se promova uma grande limpeza para evitar que a água invada às residencias nas próximas chuvas de verão, provocando acidentes. 
 Neste Rio, que hoje é um mero receptor de esgotos, a molecada da minha geração pescava e nadava em suas águas. Muita gente tinha como trabalho retirar dele areia e coloca-la para secar em suas margens, para depois transportá-la em uma carroça.Este trabalho, de certo, contribuiu para a construção das primeiras casas de Miguel Couto e adjacências. 
 Tivéssemos à mentalidade mais evoluída, fluxos d’água como o Rio das Velhas estariam dotados de ‘apetrechos’ (tubos), ao longo de uma de suas margens, para receberem os dejetos do esgoto das moradias, dos bairros próximos, para transferi-los, de distância em distância, para pequenas Estações de Tratamento D'água que transformaria lixo orgânico em fertilizante, gás e água limpa, para, aí sim, jogar apenas a água pura, cristalina e inodora no Rio. Se assim fosse o Rio estaria abarrotado de peixes. 
 Rios como este, com uma pequena ação dos Poderes Públicos, poderiam, inclusive, se tornarem navegáveis e plausíveis de pescaria, se sofressem o devido tratamento. Mas não se iludam: os menos preparados; os mal intencionados detentores de poder, dotados da mentalidade do político corrupto, se colocarão sempre  contra às boas ideias, tão somente, para evitar despesa do erário, para que sobre dinheiro para que possam roubar. E, de certo dirão: “tal ideia é utopia”.  


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