A Rebelião dos Bichos
Lembram-se do tempo em que um determinado Governo Municipal, passou a cobrar IPTU de: galinheiros - casinhas de cachorro - chiqueiros? Pois bem, essa matéria escrevi por aqueles dias. Com tal realidade, para os donos dos imóveis não pagarem mais impostos, muitos animais teriam sido abandonados ou tiveram suas casinhas destruídas, o que gerou um grande revolta por nossa parte! Nos colocamos no lugar dos prejudicados e demos voz aos bichos, que se incumbiram de fazer a rebelião, que passamos a narrar! Simples assim!
De certa feita...na 'calada da noite', bichos se reuniram em Assembléia numa área deserta da periferia. No final do conclave ficou deliberado que: 'Uma grande marcha pelas principais ruas do Município, indo ter ao 'Paço' da Prefeitura, onde fariam comício, haveria de colocar às 'coisas' no seu devido lugar e demonstrar à população, fosse lá de que espécie animal fosse, a inferioridade da política governamental dos humanos adotada naquele Governo.
Já a algum tempo um clamor animal contra o Executivo Municipal tomava forma em todos os recantos da Cidade. Tal estado de coisa bem que poderia ter sido evitado se a Prefeitura não passasse a cobrar IPTU - Taxa de Iluminação Pública - Taxa de Lixo, para casinhas de cachorro, galinheiros e chiqueiros. Contra o Governo pesava, ainda, o agravante de cães sem dono, famintos e totalmente desassistidos perambularem pelas ruas, sem que o Centro de Zoonose tomasse quaisquer medidas. Urgia uma atitude!
No dia e hora marcados, de quase todas as residencias do Município, bichos pulavam cercas e muros aliando-se ordenadamente na verdadeira procissão formada em cada rua, desembocando posteriormente nas principais estradas e avenidas e ganhando formas imensuráveis em direção à Prefeitura. Eram aos milhares! Haviam, inclusive, uns poucos homens solidários, quase todos ateus, nenhum, entretanto, da Sociedade Protetora dos Animais, tampouco religiosos!
No pátio da prefeitura, o interlocutor de Campanha, um papagaio falante, de forma provocante arrancava, habilmente, dos manifestantes - "Palavras de Ordem" seguidas de apupos - onde bichos eram enaltecidos e Governo depreciado. Líderes de várias regiões, fossem animais domésticos ou não, se expressaram, até que o momento mais aguardado teve anúncio na voz, embargada pela emoção, do tal papagaio, que não se fez de rogado em esgoelar-se de forma teatral, abusando dos 'esses' e 'erres' para anunciar a 'fala' do grande líder daquele movimento. Foi pena verde, amarela, azul, para todos os lados! "Curupaco! Curupaco! Curupaco"! Foram as primeiras palavras do interlocutor, ditas em meio às próprias penas esvoaçantes: "Senhorrrresssss bichos rrrrrrrrevulucionáriossssss do nosso mui amado município, com a palavrrrrrrra o grande líder desse movimento - Snoopy!
Um momento de histerismo se apossou da turba irada, levando-a ao delírio, num coro absolutamente heterogêneo de: latidos, miados, mugidos, grunhidos, gorjeios, sibilos, rinchos, grasnos, pios e outras formas de expressão animal!
Com o garbo e a altivez de um verdadeiro Herói, Snopy se apresentou de forma apoteótica, surgindo em meio a uma 'cortina de fumaça' colorida de verde e amarelo e um jato de papéis (laminado e em tom dourada), que cintilavam ao receberem os primeiros raios de sol da manhã. Trazia no topo da cabeça erguida, acintosamente, a boina tipo 'Che-Guevara', que lhe caia tão bem , tendo, ainda, a complementar-lhe a indumentária, uma túnica militar em verde profundo, onde em cada dragona franjada com esmero luziam cerca de meia dúzia de estrelas forjada em metal d'ourado, para chancelar, não se sabe ao certo, qual patente (provavelmente, dado ao número de estrelas - acima de general!). Tinha, ainda, a refulgir-lhe ao peito projetado para a frente, o brilho de medalhas muito bem polidas que, dado ao grande número, nem dava para contar, muito menos dizer do mérito de cada qual. Bem, da cintura pra baixo o cão estava só no pelo! 'Pelado', para melhor informar!
Tão logo a platéia fez silêncio o Cão iniciou sua fala:
"Senhores quadrupedes, bípedes, ovíparos, mamíferos, canídeos, felídeos, répteis, batráquios, quirópteros, monotremos, marsupiais, xenartros e outros, aqui presentes. Ao contrário do esperado, não vamos falar das nossas diferenças com o Governo, no que tange aos malgrados carnês do IPTU. De nada adiantaria, posto que somos considerados irracionais, e, o humano em sua arrogância, ainda, não está preparados para entender-nos, porque não entendem a natureza! Não entendem sequer aos próprios homens. Assim sendo, como poderiam perceber o sofrimento de cães, gatos e demais animais atirados às hordas da mendicância, se ainda, muitas criaturas de sua própria raça humana, disputam com os ditos irracionais às 'benesses' das latas do lixo, na busca do sacratíssimo 'direito' aos restos de comida que irão saciar-lhes à fome?". Disse Snop.
Os aplausos efusivos eclodiram de tal forma que foram ouvidos à grande distancia e nos mais diversos idiomas! Houve até um glub, glub, som emitido por uma sardinha de estimação, que se encontrava em um pequeno aquário portátil, trazido por um Nerd, solidário à causa!
"O que esperar de governos que desviam verbas públicas de Hospitais, Postos de Saúde, Educação e até da Previdência Municipal, condenando ao sofrimento seus próprio irmão humanos? Nem Hitler, em dias de extrema malvadeza, conseguiria trazer resultados tão nefastos para uma população"! Redarguiu o cão.
O discurso mal começava a ganhar força, quando vândalos vindos das favelas de um município vizinho, em 'ônibus especiais' alugados pela própria prefeitura, cuja a cúpula sabia, antecipadamente, do movimento, começaram a dispersar a turma na base da porrada! A bicharada 'meteu o pé', ou melhor, a 'pata' na estrada. Foi parar bicho até no cemitério ao lado!
Meses depois Snopy apareceu, pela primeira vez, após os lamentáveis acontecimento do fatídico "Dia da Rebelião dos Bichos", ainda, enfaixado com gaze pra todo lado, escorado em um par de muletas, e com dificuldade para falar, dado aos pontos que levara na boca. Conseguiu, todavia, soletrar breve depoimento à imprensa alternativa:
" En - tra- mos na por-ra-da", disse.
De certa feita...na 'calada da noite', bichos se reuniram em Assembléia numa área deserta da periferia. No final do conclave ficou deliberado que: 'Uma grande marcha pelas principais ruas do Município, indo ter ao 'Paço' da Prefeitura, onde fariam comício, haveria de colocar às 'coisas' no seu devido lugar e demonstrar à população, fosse lá de que espécie animal fosse, a inferioridade da política governamental dos humanos adotada naquele Governo.
Já a algum tempo um clamor animal contra o Executivo Municipal tomava forma em todos os recantos da Cidade. Tal estado de coisa bem que poderia ter sido evitado se a Prefeitura não passasse a cobrar IPTU - Taxa de Iluminação Pública - Taxa de Lixo, para casinhas de cachorro, galinheiros e chiqueiros. Contra o Governo pesava, ainda, o agravante de cães sem dono, famintos e totalmente desassistidos perambularem pelas ruas, sem que o Centro de Zoonose tomasse quaisquer medidas. Urgia uma atitude!
No dia e hora marcados, de quase todas as residencias do Município, bichos pulavam cercas e muros aliando-se ordenadamente na verdadeira procissão formada em cada rua, desembocando posteriormente nas principais estradas e avenidas e ganhando formas imensuráveis em direção à Prefeitura. Eram aos milhares! Haviam, inclusive, uns poucos homens solidários, quase todos ateus, nenhum, entretanto, da Sociedade Protetora dos Animais, tampouco religiosos!
No pátio da prefeitura, o interlocutor de Campanha, um papagaio falante, de forma provocante arrancava, habilmente, dos manifestantes - "Palavras de Ordem" seguidas de apupos - onde bichos eram enaltecidos e Governo depreciado. Líderes de várias regiões, fossem animais domésticos ou não, se expressaram, até que o momento mais aguardado teve anúncio na voz, embargada pela emoção, do tal papagaio, que não se fez de rogado em esgoelar-se de forma teatral, abusando dos 'esses' e 'erres' para anunciar a 'fala' do grande líder daquele movimento. Foi pena verde, amarela, azul, para todos os lados! "Curupaco! Curupaco! Curupaco"! Foram as primeiras palavras do interlocutor, ditas em meio às próprias penas esvoaçantes: "Senhorrrresssss bichos rrrrrrrrevulucionáriossssss do nosso mui amado município, com a palavrrrrrrra o grande líder desse movimento - Snoopy!
Um momento de histerismo se apossou da turba irada, levando-a ao delírio, num coro absolutamente heterogêneo de: latidos, miados, mugidos, grunhidos, gorjeios, sibilos, rinchos, grasnos, pios e outras formas de expressão animal!
Com o garbo e a altivez de um verdadeiro Herói, Snopy se apresentou de forma apoteótica, surgindo em meio a uma 'cortina de fumaça' colorida de verde e amarelo e um jato de papéis (laminado e em tom dourada), que cintilavam ao receberem os primeiros raios de sol da manhã. Trazia no topo da cabeça erguida, acintosamente, a boina tipo 'Che-Guevara', que lhe caia tão bem , tendo, ainda, a complementar-lhe a indumentária, uma túnica militar em verde profundo, onde em cada dragona franjada com esmero luziam cerca de meia dúzia de estrelas forjada em metal d'ourado, para chancelar, não se sabe ao certo, qual patente (provavelmente, dado ao número de estrelas - acima de general!). Tinha, ainda, a refulgir-lhe ao peito projetado para a frente, o brilho de medalhas muito bem polidas que, dado ao grande número, nem dava para contar, muito menos dizer do mérito de cada qual. Bem, da cintura pra baixo o cão estava só no pelo! 'Pelado', para melhor informar!
Tão logo a platéia fez silêncio o Cão iniciou sua fala:
" Quando a porrada estancou, meti o pé.
O Snopy, se ferrou, quebraram ele na porrada!", declarou o rapaz, acima. |
"Levei um chute na bunda, que até hoje me sinto descadeirado" |
"O que esperar de governos que desviam verbas públicas de Hospitais, Postos de Saúde, Educação e até da Previdência Municipal, condenando ao sofrimento seus próprio irmão humanos? Nem Hitler, em dias de extrema malvadeza, conseguiria trazer resultados tão nefastos para uma população"! Redarguiu o cão.
O discurso mal começava a ganhar força, quando vândalos vindos das favelas de um município vizinho, em 'ônibus especiais' alugados pela própria prefeitura, cuja a cúpula sabia, antecipadamente, do movimento, começaram a dispersar a turma na base da porrada! A bicharada 'meteu o pé', ou melhor, a 'pata' na estrada. Foi parar bicho até no cemitério ao lado!
Meses depois Snopy apareceu, pela primeira vez, após os lamentáveis acontecimento do fatídico "Dia da Rebelião dos Bichos", ainda, enfaixado com gaze pra todo lado, escorado em um par de muletas, e com dificuldade para falar, dado aos pontos que levara na boca. Conseguiu, todavia, soletrar breve depoimento à imprensa alternativa:
" En - tra- mos na por-ra-da", disse.
Obra de ficção. Qualquer semelhança com o Governo Lindberg,
terá sido mera coincidencia, mas só até certo ponto
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