Oficina de Percussão da Maré
O Projeto Oficina de Percussão da Maré nasce da iniciativa do músico/cantor angolano, Abel Duerê, em fazer ações sociais/musicais no Complexo da Maré, local com a maior concentração de angolanos radicados no Rio de Janeiro.
Nos 10 anos de ações sociais feitas na comunidade, Abel conheceu muitas pessoas e recorrentes problemas estruturais na formação dos jovens e sentiu a necessidade de criar um projeto que pudesse ter continuidade e trabalhar esses aspectos importantes para a formação da juventude da comunidade através da música.
Em 2012, convidou a Escola de Percussão Maracatu Brasil através de Guto Goffi, músico/proprietário com o intuito de utilizar o conhecimento da instituição garantindo assim, a qualidade das aulas, do quadro de professores e uma coordenação pedagógica eficiente.
A Ação Comunitária do Brasil, ONG situada na Vila do João, foi o local escolhido por conta de sua localização e estrutura para atender o projeto.
O projeto pedagógico utilizado consiste em ensinar música aos alunos com aulas de leitura e percepção rítmica, técnicas de baqueteamento, utilizando instrumentos de percussão e ritmos da cultura popular brasileira. Junto a isso é desenvolvido um repertório do cancioneiro popular brasileiro com arranjos originais e simplificados, para que todos possam participar e sentirem-se tocando.
Objetivo geral: Desenvolver os alunos através da música, com disciplina e perseverança tentando atingir um estágio preparatório básico para executar diversos ritmos brasileiros e um repertório popular onde eles se identifiquem através das letras das músicas.
Objetivos específicos: Ensinar música brasileira através dos ritmos de nosso país, e de nosso cancioneiro popular, permitindo ao aluno tocar de forma simples, a partir da primeira aula. Utilizando vários instrumentos de batucada. Vamos mergulhando em cada ritmo e músicas com arranjos preparados pelo corpo de professores.
Metodologia Utilizada: O projeto Percussão da Maré foi idealizado por um grupo de professores da Maracatu Brasil para durar 3 anos. Para isso foram criadas 3 apostilas com exercícios de percepção musical, leitura rítmica, ensino da técnica para tocar os instrumentos de percussão e exige a participação coletiva para a execução dos arranjos criados para cada ritmo e composição.
Os arranjos são bem básicos no primeiro ano e vão ganhando requintes e complicações ao longo da segunda e terceira apostila, conforme os alunos vão adquirindo firmeza e concentração para tocar as músicas.
As partes harmônicas e melódicas são trabalhadas espontaneamente com os alunos que queiram aprender a tocar guitarra, violão, cavaquinho ou queira cantar.
RESUMO:
O projeto retoma as atividades em fevereiro de 2017. Ocorre desde 2011, com jovens e idosos. Já formou cerca de 100 jovens do Complexo da Maré. (http://www.percussaonamare.com.br/). A ideia é ensinar como tocar um ou mais instrumentos de percussão e fazer a leitura rítmica com o uso de apostilas com partituras. A Oficina tem a coordenação pedagógica da Escola Maracatu Brasil, que tem à frente o baterista Guto Goffi, do grupo Barão Vermelho, que igualmente ministra aulas na Maré. Cada aluno recebe uma bolsa no valor de setenta reais mensais, alimentação, uniformes padronizados, material didático e instrumentos novos.
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