Ney Alberto(In Memorian)
Estrada Real do Comércio: a primeira Estrada para transporte de café do Brasil - em Tinguá - Nova Iguaçu- RJ
A Revolução Industrial fabricou a Estrada Real do Comércio
A Revolução Industrial fabricou a Estrada Real do Comércio
A Inglaterra (1760) - com a Revolução industrial - deu início à modernidade capitalista. O militarismo de Napoleão tenta dar-lhe combate. Portugal e Inglaterra são aliados. A política napoleônica proíbem que os portos continentais recebam navios britânicos (Bloqueio continental). Portugal "não respeita" e é invadido. A Família real foge para o Brasil. Na Bahia , o Príncipe Regente Dom João decreta a "Abertura dos portos às nações Amigas". Os administradores do reino invadem a cidade do Rio de janeiro. Ainda como resultado da citada revolução - querendo dotá-la de melhoramentos, institui a 'Junta Real do Comércio'. Em1811, numa reunião, nesta junta foi cogitada a abertura de uma estrada , a "Rel do Comércio". Até, então, só existia só existia um caminho vencendo a "Cerra Tingoá" ou seja, o "O Caminho do Azevedo", até Paty do Alferes. Os caminhos do ouro não passavam por lá.
As magníficas serras do Tinguá |
A abertura da Estrada Real do Comércio, abastecendo os trapiches da Povoação de Iguassú, acionou o movimento comercial (de passagem) iguassuense, provocando, em 1833, o surgimento do 'Município de Iguassú'.
A História - mal comparando - é interessante peça teatral, acenada nos palcos da Geografia.
A Revolução Industrial fabricou a Estrada Real do Comércio, incrementando produções e exportações. Estabeleceu importantes transformações no eixo Iguassú - Paraíba do sul. As serranias próximas ao referido roteiro foram ocupadas.
A Estrada real do Comércio deu vitalidade à Povoação e, depois de 1833, mais vida. Seu declínio começou com a ferrovia, por Maxambomba.
Começava no Largo dos Ferreiros
Começava no Largo dos Ferreiros
A Estrada Real do Comércio, começando no "Largo dos ferreiros", na Povoação do Iguassú, foi - até o início do ano de 1858 - importante traço de união entre as localidades situadas entre Iguassú (Iguaçu Velho) e as localizadas antes das propriedades do Barão de Ubá, margem direita do Rio paraíba(Paraíba do Sul).
O traçado escolhido foi o detalhado pelo Sargento - Mor Inácio de Souza Werneck, personagem de Paty do Alferes. outro Sargento Francisco Soares de Andréa , auxiliado por Manoel Joaquim Pardal, dão início às obras. Tarefa concluída em 1817. A Estrada - ainda não 'calçada' - ziguezagueava a 'Cerra Tingoá' e, vencendo-a, descia ao Vale do Rio santana, com ramificações para o lugr denominado 'Certão (Corado) e para 'Bom Fim'(Arcádia). Em 1822 percorreu-a o Botânico francês, Saint Hilarie, que afirmou: 'Seja como for , é difícil encontrar-se caminho mais pitoresco'. Durante 15 anos - mesmo bem transitada por Tropeiros - ficou mal conservada. A expansão cafeeira revitalizou-a. Em meados do século dezenove foi 'empedrada', depois de encurtamentos, sob a responsabilidade do Coronel - de - Engenheiros Conrado Jacob Niemeyer. Calçada em longos trechos , com pedras (pé- de-moleque). O pesquisador Brasil Gerson (em "O ouro O café e o Rio") a ela assim se referiu: 'poderia também chamar-se a primeira Estrada do Café dos brasileiros'. O Porto do Iguassú(na Praça do Comércio)deve ter sido montado após o 'calçamento' desta Estrada, porque , em mapeamento de 1837, não aparece.
O Maciço do Tinguá, até 1896, era conhecido com esta denominação: "Serra do Comércio".
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