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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Transporte por rios e pela Baía de Guanabara na Baixada Fluminense


Por: Wandemberg
Mobilidade Urbana e suas opções
    Aqui na Baixada Fluminense, falam tanto em mobilidade urbana, no entanto nunca vi um 'sabido' desses sugerir opções para transporte de ’massa’ que não passassem pelas congestionadíssimas vias de asfalto. Parece que não entendem que é disso que temos que fugir. Por isso, longe de me arvorar de 'dono da verdade', me atrevo a mostrar uma antiga alternativa inteiramente viável que, se não resolver definitivamente os problemas surgidos com o congestionamento das principais vias de acesso ao Rio de Janeiro, pelo menos, poderão minimizá-los. Não estamos inventando nada. Esse modelo de transporte já existe há séculos, se trata, apenas, de uma questão de coerência e lógica para o momento
    
Transporte Fluvial e Marítimo
   O transporte fluvial/marítimo, por exemplo, seria uma das soluções plausíveis para algumas das populações das Cidades da Baixada Fluminense se deslocarem para bairros, municípios e cidades localizados nas rotas dos rios e da Baía de Guanabara, em tempo hábil, sem passar por congestionamentos de qualquer ordem. Já pararam para pensar na utilização do  Rio Iguassú (hoje, canal) como 'via de transporte' com destino a Praça Mauá, Praça XV, Caxias, Niterói e inúmeras outras localidades... Já sei que os 'pessimistas de plantão' irão dizer que seria utopia, inviável e muito caro. Caro, nada! Já fiz as contas! Caro seria construir novas estradas! Posso afirmar com absoluta convicção que, o - Custo Benefício - seria altamente compensador! O problema maior residiria em aumentar o volume da água do Rio. No passado o engenheiro Conrado Jacob Niemayer deparou com o mesmo desafio. Resolveu-o ao juntar as águas do Rio Utum e Tinguá ao Iguassú. Feito isso, o Rio Iguassú virou um elo importantíssimo de acesso entre a Vila de Iguassú e a Baía de Guanabara e, por conseguinte, uma importante artéria que conectou o Rio de Janeiro, de forma direta e indireta, com cidades e estados. 
    Aliás, o Rio Iguassú foi a 1ª e grande 'estrada' da Baixada Fluminense. Navegações de porte 'respeitáveis', já, singraram, até o meado do século XIX, por suas águas, transportando gente, mercadoria, movimentando, enfim, seus nove portos, inclusive o, lendário, Porto de Iguassú, cuja ruína ainda se encontra lá em Iguassú Velho. Seria uma ‘volta ao passado’ com embarcações modernas produzidas pela avançadíssima indústria naval dos dias atuais, dotadas de grande conforto, inclusive ar condicionado e aparelho de navegação noturna. Na verdade, se os homens do passado, em pleno século XIX, desprovidos da tecnologia atual, conseguiram, não faz sentido os homens de hoje não conseguirem. Ademais, além do Iguassú, inúmeros outros rios que dão acesso à Baía de Guanabara poderiam ser usados como, o Acari e o Botas, por exemplo... Enfim os rios estão aí aguardando para serem redescobertos. Está na hora de voltar ao passado para resolver problemas do presente! 
    Em outras regiões do país e até em outros continentes, rios e canais são caminhos usados no dia a dia para levar pessoas de uma cidade para outra, por várias razões, inclusive, para atender ao turismo local. Em países como Bélgica e Holanda existem importantes vias de transportes por rios, canais e oceanos (navegação costeira), incluindo uma via, que mostramos em uma foto, onde um rio transpõe outro rio como se fosse um viaduto, onde a água substitui o asfalto, e, os veículos com rodas são substituídos por embarcações. 



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