Por: Wandemberg
Baseado em informações, ditas reais, de Selene residente no bairro Jardim Panorama
Lobsomem
Baseado em informações, ditas reais, de Selene residente no bairro Jardim Panorama
Lobsomem
Num lugarejo afastado da Cidade, um acontecimento periódico trazia pânico aos moradores: O Fato é que quase todas às sextas-feiras os galinheiros daquele lugar eram assaltados durante à noite. Quando isso acontecia um rastro de sangue, penas e galinhas mortas, espalhados para todos os lados, era o que se via. O que se supunha era que algum bicho voraz estaria atacando os galinheiros dos moradores daquela aldeia bucólica.
Cada semana que passava o 'senso' das penosas daquele logradouro apontavam para a redução dos números. Se continuasse assim, em curto período de tempo acabariam-se as galinhas, que era uma das provisões mais importantes para a alimentação, e , para a modesta economia do lugar, que subsistia por conta dos lucros provenientes das vendas de ovos e frangos, comercializados por pequena cooperativa montada pelos próprios moradores da localidade, que fornecia sua produção para as Cidades mais próximas.
Um belo dia, já desesperados com as perdas, alguém teve a ideia de promover uma encontro para discutir uma medida efetiva para por fim ao problema. Assim o fizeram, e, após, cerca de duas horas de reunião chegaram, enfim, a um denominador comum ao deliberarem que à partir daquele momento, toda sexta-feira iria ter uma família inteira de plantão para, no caso do bicho aparecer, dar o alarme através de som emitido por apitos, do tipo dos usados por árbitros de futebol.
Passaram-se duas semanas e o bicho não apareceu. Parece até que sabia do que estavam aprontando para ele. Na terceira semana, porém, Após a meia noite, o rebuliço no galinheiro de uma das residencias fez com que a família de plantão desse o alarme e partisse para acabar com a fera.
Passaram-se duas semanas e o bicho não apareceu. Parece até que sabia do que estavam aprontando para ele. Na terceira semana, porém, Após a meia noite, o rebuliço no galinheiro de uma das residencias fez com que a família de plantão desse o alarme e partisse para acabar com a fera.
Em questão de segundos o 'apitaço' ecoou pelas redondezas, acordando e arrancando das casas os demais moradores, quase todos munidos de porrete e com seus apitos à boca provocando estridente ruído, que somado à gritaria e o latido dos cães, provocava um barulho, tão ensurdecedor, quanto atemorizador.
O fato de não ter energia elétrica no bairro criava uma certa dificuldade para se localizar a 'fera', até que em determinado momento surge, na penumbra de uma das picadas, um vulto perseguido por alguns cães e pessoas. Daí para cercarem-no durou somente mais alguns minutos.
Uma vez dominado, as cacetadas vinham de todas as direções. O bicho, ainda, conseguiu escapar para um terreno baldio, mas para seu azar acabou caindo em um poço onde à vizinhança pegava água e lá ficou tragado pela escuridão. Provavelmente era o fim para o desavisado animal. Resolveram esperar clarear o dia para pegar o corpo e enterrá-lo.
Sem imaginar a surpresa que os aguardavam, no dia seguinte, logo cedo, os moradores foram em direção ao poço para retirar o corpo. Com uma corda içaram - no, e, eis que, já com a luz do sol clareando o ambiente, o corpo de um homem aparece ao final da corda!
- Não é o Seu Frank, marido da Dona Dalva? Disse um.
- Ele está vivo. Disse outro.
Logo, muitos reconheceram o equívoco. Seu Frank era um homem bom e muito querido da população. Mas nem todos, alguns, achavam que o vizinho era realmente o "Bicho" que tanto prejuízo causara à população daquela comunidade, e passaram a descriminá-lo, achando tratar-se na verdade de um Lobisomem.
-Como um ser humano pode aguentar tanta pancada, e sobreviver? Era a pergunta corriqueira feita pelos que achavam que o homem tinha 'culpa no cartório'.
O fato é que nunca mais o problema voltou a se repetir!
- Não é o Seu Frank, marido da Dona Dalva? Disse um.
- Ele está vivo. Disse outro.
Logo, muitos reconheceram o equívoco. Seu Frank era um homem bom e muito querido da população. Mas nem todos, alguns, achavam que o vizinho era realmente o "Bicho" que tanto prejuízo causara à população daquela comunidade, e passaram a descriminá-lo, achando tratar-se na verdade de um Lobisomem.
-Como um ser humano pode aguentar tanta pancada, e sobreviver? Era a pergunta corriqueira feita pelos que achavam que o homem tinha 'culpa no cartório'.
O fato é que nunca mais o problema voltou a se repetir!
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