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quinta-feira, 16 de março de 2017

FEBRE AMARELA: SECRETARIA DE SAÚDE AFIRMA QUE NÃO HÁ MOTIVOS PARA ALARDE

Por: Eliza Calmom/ Imagem: Rafael Wallace
FEBRE AMARELA: SECRETARIA DE SAÚDE AFIRMA QUE NÃO HÁ MOTIVOS PARA ALARDE
A Secretaria de Estado de Saúde tem como meta imunizar até 12 milhões de pessoas até o final do ano. Foi o que disseram os representantes das secretarias estaduais e municipais de saúde e especialistas durante audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta terça-feira (14/03). Eles garantiram que medida é preventiva, que não nenhum caso registrado no estado e que não há motivo para pânico.
  Na reunião, Delson da Silva, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e Marília Santini, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), explicaram o processo de transmissão. De acordo com os especialistas, não há indícios de propagação da febre amarela, como no caso de doenças como dengue, zika e chikungunya. Desde 1942, não há casos de febre amarela urbana, que é transmitida pelo mosquito aedes aegypti, no Brasil.
  Os 1.456 casos registrados nos últimos meses se tratam da forma selvagem da doença, que é propagado por outros tipos de mosquito e tem os macacos como principais hospedeiros. No Rio, 36 casos foram notificados às autoridades, mas não há nenhuma ocorrência confirmada de febre amarela, seja urbana ou selvagem. Segundo Cristina Lemos, superintendente de Vigilância em Saúde da secretaria municipal de Saúde, não existe um consenso entre os especialistas da área de saúde sobre a urbanização da doença.
  Uma das principais medidas do Governo do Estado para garantir que a febre amarela permaneça erradicada foi o cinturão de vacinação que tem acontecido em 32 municípios do Rio. Foram escolhidas cidades que fazem divisa com Minas Gerais e Espírito Santo, estados que registraram casos da doença. Atualmente, 34 unidades oferecem as vacinas. Aprevisão é de que esse número aumente para 233, de acordo com a Secretaria municipal de Saúde.
  O presidente da Comissão de Saúde da Alerj, deputado Fábio Silva (PMDB), defendeu ações conjuntas como essa. “Prevenir ainda é o melhor remédio. Sendo assim, parcerias entre o Governo do Estado, os municípios e as secretarias de saúde são muito importantes neste momento”, disse o parlamentar.
  Também participaram da audiência os deputados Doutor Deodalto (DEM), Lucinha (PSDB), Ana Paula Rechuan (PMDB), Márcia Jeovani (DEM), Daniele Guerreiro (PMDB), Doutor Julianelli (Rede) e Enfermeira Rejane (PC do B).

Vacinação
O subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe, defendeu que, apesar de a doença passar a fazer parte do calendário de vacinação, é preciso cautela.
  “Assim como a febre amarela oferece riscos, a vacina também. A capacidade de armazenamento das unidades de saúde, por exemplo, é algo que precisa ser levado em consideração. Dessa forma, estamos em busca de um processo responsável de vacinação.
  ".Chieppe informou ainda quais grupos devem ou não ser imunizados. Segundo ele, devem ser vacinadas pessoas de 9 meses a 60 anos de idade. A imunização não é recomendado para gestantes ou mulheres que estejam amamentando ou pessoas com algum tipo de complicação no sistema imunológico.


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