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terça-feira, 7 de março de 2017

Paciente da Unimed precisa de força policial para conseguir internação

Por: Rafael Marinho 
Paciente da Unimed precisa de força policial para conseguir internação
  Como se já não bastasse o sofrimento em descobrir que está com uma doença grave em estado avançado, a advogada Ana Lúcia Ferreira de Azevedo, de 52 anos, moradora de Mesquita, na Baixada Fluminense, passou por uma verdadeira 'via crucis' para conseguir uma internação em um hospital da Unimed localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Todo esse problema teria sido causado por conta de tramites burocráticos que também podem ser considerados falta de sensibilidade humana da operadora de planos de saúde.
  Dra. Ana Azevedo, era associada do plano de saúde da CAARJ (Caixa de Assistência dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro), porém através de uma negociação comercial, desde 2008, a Unimed assumiu a carteira de clientes da CAARJ, com a condição de manter as mesmas condições e direitos aos associados.
  Porém, ao analisarmos o caso da Dra. Ana, que há menos de um mês foi diagnosticada com um câncer no intestino em estágio avançado, inclusive, já afetando outros órgãos, esta condição parece não estar sendo respeitada, pois o médico que lhe atendeu, no última quarta-feira (1º), emitiu um laudo classificando o caso da paciente como urgente, necessitando de intervenção cirúrgica o mais rápido possível e que ela deveria ser operada no Hospital Unimed Barra e caso ela se sentisse mal, deveria procurar a emergência da unidade. Foi o que aconteceu, ela se sentiu muito mal e procurou o hospital citado, porém, a priore, teve o atendimento negado devido a alegação que a categoria do seu plano não daria direito ao atendimento na unidade e simplesmente ignoraram o laudo médico que determinava que fosse nesta unidade o atendimento, devido a gravidade do caso e o local possuir recursos necessários para tal caso.
  Inconformados com a negativa no atendimento, os advogados e amigos da Dra. Ana, Dra. Erica Brigida, com auxilio dos Drs. Orides Júnior e Andrey Braga, procuraram o plantão judiciário, em posse do laudo médico, e conseguiram uma liminar de tutela para que o atendimento e a internação fossem realizados de forma imediata, mas para a surpresa de todos, mesmo com a liminar, a direção do hospital se recusou a cumprir a decisão judicial, foi quando se fez necessário o acionamento da força policial (Polícia Militar), pois somente desta forma, foi possível que a lei prevalecesse.
  Todo este transtorno e constrangimento durou cerca de 24 horas, com o agravante de permitirem que uma paciente em estado grave permanecesse acomodada sentada, durante todo esse tempo.

A UNIMED-RIO negou todas as acusações e divulgou a seguinte nota:
"Sobre o caso da paciente Ana Lúcia Ferreira de Azevedo, a Unimed-Rio esclarece que, em nenhum momento, negou a internação da beneficiária. A cooperativa ressalta que seguiu os procedimentos padrões para atender à solicitação de internação classificada como eletiva no sistema Unimed-Rio pelo próprio médico cooperado que fez o pedido. Destaca ainda que, assim que recebeu a liminar informando sobre a urgência da solicitação, providenciou imediatamente a internação da paciente. A Unimed-Rio se coloca à disposição para quaisquer outros tipos de esclarecimentos."

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