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quinta-feira, 8 de junho de 2017

PRESERVANDO TRADIÇÕES - Por Ney Alberto

Extraído do livro - "Deus nos livre da política de Iguassú" e outros artigos do historiador Ney Alberto
Preservando Tradições
  O índio tupinambá, apelidado de 'Tamoio', recepcionava, muito bem, o visitante pacífico. Léry anotou: "Observei que os selvagens amam às pessoas alegres, galhofeiras e liberais, aborrecendo os taciturnos, os avaros e os neurastênicos". Mas... em se tratando de inimigo, a guerra era necessária, para preservar antigas tradições culturais. Estes conjuntos de saberes, transmitidos, oralmente de geração em geração, não podiam ser rompidos. Os silvícolas não conheciam a escrita. Estavam, portanto, na pré-história, na fase da pedra polida.
  A invasão das propriedades (coletivas) dos verdadeiros donos da terra foi considerada um afronta e, daí, as escaramuças contra o 'Peró', como os indígenas chamavam o invasor vindo de Portugal.
 Os antigos habitantes de nossas Baixadas(Fluminense e de Sepetiba)guerrearam contra os lusitanos usando armas rústicas (arco e flecha e tacapes e escudos de couro). Os guerreiros cristãos, possuíam armamentos superiores(roupa de malha, espadas, lanças, capacetes, bacamartes - pólvora e pelouros, de encher pela boca).
  Referindo-se ao uso do tacape, informa Léry: 'E são tão hábeis, quando enraivecidos, no manejo do tacape, que dois dos nossos mais rápidos espadachins teriam dificuldade em enfrentar um Tupinambá'.
  O jesuíta Anchieta, no 'Auto de São Lourenço'( um teatrinho colonialista) refere-se ao Tupinambá/Tamoio como um enviado do demônio.
Os silvícolas preservam suas tradições. 


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