Conselho Empresarial da FIRJAN de Nova Iguaçu mobiliza autoridades para debater a crise hídrica

Carlos Erane, Presidente do Conselho Empresarial da FIRJAM

Luiz Augusto Azevedo

Por: Joana Mineiro

Conselho Empresarial da FIRJAN de Nova Iguaçu mobiliza autoridades para debater a crise hídrica

 Carlos Erane de Aguiar, presidente do Conselho, apresentou pesquisas do Sistema FIRJAN com o objetivo de unir forças na luta contra a escassez

 O Sistema FIRJAN oferece às empresas associadas diversos serviços para que possam lidar de maneira mais eficaz com os recursos em época de crises hídrica e energética. Levantamento da Federação aponta que o setor industrial, responsável por 827 mil empregos diretos, vem fazendo sua parte: nos últimos dois anos, 56,7% das indústrias fluminenses adotaram ações de racionalização do uso da água, o que levou a uma redução de 25,6% no gasto de água nesse período. A apresentação foi feita pelo gerente Geral de Meio Ambiente do Sistema FIRJAN, Luis Augusto Azevedo, durante a última reunião do Conselho Empresarial da Representação Regional FIRJAN/CIRJ na Baixada Área I, em Nova Iguaçu, quinta-feira, dia 30.

 Carlos Erane de Aguiar, presidente do Conselho, frisou que no Brasil as pessoas estão acostumadas a tratar dos efeitos e se esquecem da causa. “Assessoradas pelo Sistema FIRJAN, com base em pesquisas e sugestões, a indústria do Rio já está fazendo sua parte, mas ainda pode ser mais efetiva. A situação é grave e demanda esforço de todos, inclusive da população”, alertou Erane. Giovanni Guidone, secretário Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura de Nova Iguaçu, foi convidado pelo Conselho Empresarial para que o poder público conhecesse as ações das instituições. “Precisamos unir forças para construir ações permanentes e soluções para um futuro próximo”, disse o secretário.

 Atualmente, a capacidade dos reservatórios da Bacia do Rio Paraíba do Sul é de 12%, contra 23% no mesmo período no ano passado. O gerente geral de Meio Ambiente do Sistema FIRJAN ressaltou que a indústria deve continuar participando dos processos de tomada de decisão e de busca de alternativas, em todos os níveis de Governo. Azevedo lembrou ainda que a comunicação com a população deve ser objetiva e frequente: “Não faltam estudos e projetos que visem a redução do consumo de água e energia, agora, precisamos de ação por parte de toda a sociedade. Neste momento crítico, conscientização, mobilização e união são fundamentais para evitarmos a escassez desses insumos caros”.

 “A iniciativa da FIRJAN de reunir diferentes esferas da sociedade para tratar da escassez hídrica é de extrema importância, porque ajuda a manter o assunto em pauta e a expor iniciativas que vêm sendo tomadas a longo, médio e curto prazo para enfrentar a crise”, elogiou Caroline Lopes, especialista de Recursos Hídricos da Agência de Bacia do Comitê Guandu (AGEVAP), que ministrou a apresentação sobre o panorama atual da crise hídrica.

 Amsterdam Cristo, um dos diretores do Comitê Guandu e representante do Sindicato dos Mineradores de Areia do Estado do Rio de Janeiro (SIMARJ), revelou que 70% de toda a verba do comitê é destinada a projetos de saneamento básico e 30% a educação ambiental, reflorestamento e outras ações. “Estamos dispostos a formar parcerias com o poder público, entidades e sociedade civil para encararmos a crise. Os encontros promovidos pelo Sistema FIRJAN são sempre relevantes porque ganhamos espaço para expor nossas iniciativas, além de trocar experiências, estreitar relacionamento e multiplicar ações”, enfatizou Amsterdam.

 O Conselho Empresarial da Representação Regional FIRJAN/CIRJ Baixada Fluminense Área I é composto por 20 empresas e 2 sindicatos patronais, que discutem as dificuldades da classe empresarial dos municípios da região de abrangência - Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Seropédica, Queimados, Itaguaí, Mangaratiba, Japeri e Paracambi.

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