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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Prefeitura de Nova Iguaçu intensifica ações de prevenção contra queimadas



Prefeitura de Nova Iguaçu intensifica ações de prevenção contra queimadas
 A Prefeitura de Nova Iguaçu está intensificando ações de prevenção e fiscalização contra queimadas em áreas de preservação no entorno da cidade. O trabalho, que vem mobilizando agentes da Guarda Ambiental, atinge principalmente a população vizinha a sítios, fazendas e áreas de prevenção, como as APAs de Morro Agudo, Tinguá, Tinguazinho, Retiro e Rio D’Ouro.

 Na avaliação do diretor do Parque Natural Municipal, Edgard Martins, a queimada pode configurar um ato criminoso.       

  “Qualquer pessoa que for flagrada ateando fogo no meio ambiente será presa e responsabilizada criminalmente para sofrer as sanções previstas em lei”, advertiu, frisando que a conscientização da população é fundamental para evitar ações que possam ser desastrosas para o meio ambiente e a própria sociedade.

 A subsecretária municipal do Meio Ambiente, Cazia Angela, explicou nesta quarta-feira (10), que com a chegada do período de estiagem, tornam-se cada vez mais comuns os casos de incêndio na região, sobretudo ao longo da Serra de Madureira, entre os bairros k-11 e Marapicu. Segundo ela, trata-se de um crime ambiental, que, além de causar problemas respiratórios, degrada o solo, rios e matas, com grande perda da fauna e da flora.    

   Somente este ano, a Secretaria de Meio Ambiente foi acionada 20 vezes para debelar focos de incêndio. “Como a Guarda Ambiental está em constante sistema de alerta, a gente tem conseguido acabar com as queimadas, ainda na sua fase inicial. E o Corpo de Bombeiros de Nova Iguaçu tem sido nosso grande parceiro nesta luta incansável de preservação do meio ambiente”, ressaltou Cazia Angela.

   O último grande incêndio na cidade, este ano, ocorreu no dia 5 de agosto, próximo ao córrego Tatu Gamela, na Serra de Madureira, destruindo 12 hectares de mata, o equivalente a 12 estádios do Maracanã. “Os estragos só não foram maiores pela presença do aceiro – espaço desbastado de vegetação -, que impediu a propagação ainda maior do fogo na região”, lembrou a subsecretária.

   No dia 28 de junho, bombeiros do quartel de Nova Iguaçu e agentes da Guarda Ambiental já haviam sido mobilizados para outro incêndio de grandes proporções, também na Serra de Madureira, próximo à localidade do Vai e Vem, no bairro k-11.

 Em 2001, um incêndio de grandes proporções devastou 256 hectares de vegetação do Parque Natural Municipal, ameaçando a flora e animais como cobra, tamanduá-mirim, preguiça, lobinho, cachorro-do-mato, mão pelada, gambá, jacutinga, tiê sangue, entre outras espécimes.

  Martins disse ainda que, a pedido da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Corpo de Bombeiros está realizando perícia em locais de focos debelados para saber se os incêndios foram criminosos ou naturais.

   “Além de acabar com a fauna e a flora, as queimadas podem afetar também as grandes nascentes dos rios Bota, Ipiranga, Cabuçu, Dona Eugênia, do córrego Dona Contenda e Tatu Gamela”, advertiu.

   Martins lembrou também que o Artigo 41 da Lei 9.605/98, de Crimes Ambientais, pune com pena de 2 a 4 anos, além de multa, o infrator que provocar incêndio em mata ou floresta. “Qualquer cidadão pode denunciar este tipo de crime ligando para a Secretaria de Meio Ambiente, no telefone 2666-4960 ou para o Disque-Denúncia, através do telefone 2253-1177” ou ainda para o Corpo de Bombeiros, pelo 193”, orientou.

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