FIRJAN Nova Iguaçu debate crise hídrica com empresários da Comissão de Itaguaí
Palestras de especialistas no encontro itinerante tiveram o objetivo de apresentar quadro atual da crise hídrica e unir forças na luta contra a escassez
Em época de crises hídrica e energética, o tema tem sido pauta dos encontros promovidos pelo Sistema FIRJAN, que oferece às empresas associadas diversos serviços para que possam lidar de maneira mais eficaz com os recursos. Na última reunião da Comissão Municipal FIRJAN/CIRJ Itaguaí, na quarta-feira, dia 2, no SENAI da região, o especialista em Meio Ambiente da Federação, Jorge Peron, apresentou um levantamento que aponta que o setor industrial, responsável por 827 mil empregos diretos, vem fazendo sua parte: nos últimos dois anos, 56,7% das indústrias fluminenses adotaram ações de racionalização do uso da água, o que levou a uma redução de 25,6% no gasto de água nesse período.
“Devemos capitalizar e potencializar os ensinamentos surgidos nesse período de crise, que não é o primeiro e nem será o último. Assessoradas pelo Sistema FIRJAN, com base em pesquisas e sugestões, as indústrias devem participar efetivamente nas tomadas de decisões junto ao poder público, pois ambos têm papel fundamental nesse processo. A situação é grave e demanda esforço de todos, inclusive da população”, disse Peron, que destacou ainda que, atualmente, a capacidade dos reservatórios da Bacia do Rio Paraíba do Sul é de 7%, contra 18% no mesmo período no ano passado.
De acordo com Julio Cesar Antunes, engenheiro da Cedae e Assistente de Produção do Guandu, a Cedae já investiu mais de R$ 20 milhões em ações emergenciais e estruturantes, e obras para melhorar a gestão dos reservatórios. Segundo ele, medidas tomadas desde o ano passado já levaram a uma economia de 35% do volume equivalente do Paraíba do Sul: “Se as decisões não tivessem sido tomadas, hoje, o nível dos reservatórios poderia estar negativo em 28%. Nosso planejamento ainda inclui obras para a ampliação da ETA Guandu, setorização e construção de novos reservatórios que não sejam utilizados somente para geração de energia, mas também para fornecimento de água para a agricultura, indústria e abastecimento”. Ele afirmou que a situação só deverá melhorar na Região Sudeste, significativamente, em 2018.
Diretor da AEDIN, Abílio Faia revelou que as empresas da Associação já investiram R$ 25 milhões em ações emergenciais. Mais investimentos ainda serão feitos para garantir soluções definitivas para o fornecimento de água do distrito industrial: “Desde maio do ano passado, quando começou a crise, as instituições estão se unindo na luta contra a escassez, que já chegou ao estado de São Paulo, mas se continuarmos tomando as medidas certas não chegará ao Rio. A iniciativa da FIRJAN de reunir diferentes esferas da sociedade para tratar da escassez hídrica é de extrema importância, porque os debates podem gerar conhecimentos, parcerias e ideias econômicas. A crise une, e a união gera soluções definitivas”.
Amsterdam Cristo, um dos diretores do Comitê Guandu e representante do Sindicato dos Mineradores de Areia do Estado do Rio de Janeiro (SIMARJ), revelou que 70% de toda a verba do comitê é destinada a projetos de saneamento básico e 30% a educação ambiental, reflorestamento e outras ações. “Estamos dispostos a formar parcerias com o poder público, entidades e sociedade civil para encararmos a crise. Os encontros promovidos pelo Sistema FIRJAN são sempre relevantes porque ganhamos espaço para expor nossas iniciativas, além de trocar experiências, estreitar relacionamento e multiplicar ações”, enfatizou Amsterdam.
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