O secretário municipal de Meio Ambiente, Giovanni Guidone, apresenta o Plano de Manejo ao Conselho Gestor Integrado |
Por: ASCOM/Fotos: Alziro Xavier
APAs de Rio D’Ouro, Jaceruba e Tinguá ganham Plano de Manejo para sua preservação
Dez anos após sua criação, as APAs (Área de Preservação Ambiental) de Rio D’Ouro, Jaceruba e Tinguá ganharam finalmente um Plano de Manejo. A medida, apresentada nesta terça-feira (29) no auditório da Procuradoria Geral do Município, é considerada pelo Conselho Gestor daquela biosfera importante ferramenta para gestão e controle de um território de 10.833 hactares, responsável pelo cinturão verde de transição entre a área urbana da cidade de Nova Iguaçu e a Reserva Biológica do Tinguá, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco. O plano, elaborado pela empresa Verde Engenharia e Gestão Ambiental - com recursos de R$ 533 mil, do Termo de Medida Compensatória para construção do Shopping Nova Iguaçu -, estabeleceu a criação de um Conselho Gestor Integrado, instalação da sede administrativa e metas de ação, como monitoramento, manutenção, preservação e investimentos nas três APAs, que, embora distintas, têm características parecidas.
O secretário municipal de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente, Giovanni Guidone, contou que o trabalho para a elaboração do Plano de Manejo das APAs começou a ser desenvolvido há cerca de oito meses, com oficinas participativas nas comunidades envolvidas, além de apoio de especialistas em fauna, flora, produtores rurais, associações de moradores, Organizações Não Governamentais, empresas privadas, empresários e órgãos públicos.
“Para a realização dos dados do meio socioeconômico, além da extensa pesquisa biográfica, foram realizadas também entrevistas com a população residente e usuários das APAs, além das oficinas participativas que tiveram papel fundamental na definição do planejamento e zoneamento da região”, explicou Roberta Fonseca, que coordenou a pesquisa de campo.
Na avaliação de Guidone, a área de preservação em Nova Iguaçu se divide em três zonas: uma de ocupação urbana controlada, a outra de conservação, com atividades ligadas a questão ambiental, e uma terceira, onde nada pode ser feito, somente pesquisa, preservação e manutenção.
PROBLEMAS IGUAIS
Com 3.080 hectares, a APA de Rio D’Ouro é uma área predominantemente rural, com agricultura familiar de subsistência, além de pontos de exploração turística de recursos hídricos (rios e cachoeiras). Tem ainda pequeno núcleo urbano e algumas empresas instaladas.
Ainda de acordo com o estudo, Rio D’Ouro tem algumas fragilidades, como a falta de tratamento de esgoto, gerenciamento de resíduos inadequados, ocupação irregular do solo, extrativismo vegetal, caça de animais silvestres e exploração de recursos naturais sem controle, além da deficiência na infraestrutura de acesso e carência de serviços públicos.
As APAs de Jaceruba e Tinguá têm características iguais a de Rio D’Ouro, com o diferencial da cultura da banana e aipim e o predomínio de sítios de lazer e recreação particulares.
“Agora, a gente consegue ter uma ferramenta permitindo que, ao definir a forma de gestão do território, o próprio Conselho Gestor Integrado nos ajudará a fazer a implantação desse plano e o seu controle”, observou Guidone, para quem o Plano de Manejo prevê uma revisão a cada cinco anos.
Para o ambientalista Hélio Vanderlei, da Ong Onda Verde, a situação das APAs é um pouco fragilizada porque as pessoas ainda não reconhecem o território como unidade de conservação. Ele defende um trabalho forte de educação ambiental para que a população reconheçam aquele espaço como unidade de preservação e faça o seu papel, como sociedade.
“Como ambientalista, que sou, há 25 anos, em Nova Iguaçu, eu vejo o trabalho com bons olhos. Acho que a prefeitura de Nova Iguaçu fez um gesto positivo ao pegar a Medida Compensatória de uma empresa privada, pelo impacto ambiental causado por esse empreendimento (shopping), para fazer um Plano de Manejo que dá o Norte da gestão pública e ferramenta para a comunidade defender os seus direitos”, disse Hélio Vanderlei.
Tecnologia de Ponta
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