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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

ISSO É COISA DO NEY ALBERTO/ TRIBUTO AO PROFESSOR

POR: WANDEMBERG
A peça narrativa da obra e vida do historiador Ney Alberto – Isso é Coisa do Ney Alberto/Tributo ao Professor - apresentada dia 26 de setembro no Teatro Raunheitti na UNIG, produzida e encenada pelo jornalista Gabriel Barbosa foi, provavelmente, uma das melhores coisas mostrada a respeito de um cidadão Iguaçuano desde a fundação de Iguassú, lá pelos idos de 1833.
Ney nasceu no Hospital Iguassú, tornando-se advogado, professor e historiador emérito, conceituando-se, através do último atributo, como fonte inestimável de informação para todo aquele que precisa conhecer a história da Baixada Fluminense.
Em sua empreitada Gabriel colocou o eminente professor, que faria aniversário no dia seguinte, em uma cadeira à sua direita no palco do auditório da UNIG e foi pro microfone narrar fatos, da vida do nosso herói, eivados de irreverências, tiradas geniais, produções literárias, buscas e descobertas históricas e até aventuras à molde Indiana Jones.
Para começar o narrador afirmou o que todos ali já sabiam. “Ney é um gênio!”.
O tempo passava e Gabriel com seu jeito eloqüente de se comunicar ia transformando paulatinamente as expressões dos que estavam na platéia. Em determinada ‘passagem’ a assistência ria, em outras se emocionava e fazia trejeitos compatíveis com a empatia estabelecida. Em um outro momento o próprio narrador ‘beirou às lágrimas’ quando falou de um tumor do tamanho de um limão, extraído da cabeça do amigo historiador e, de sua convalescença difícil ao lado da única irmã Maria de Nazareth.
Legal a iniciativa do talentoso Gabriel Barbosa, que nos proporcionou momentos raros, mas ainda há muito que se falar quando se trata de Ney Alberto, um gênio cada vez mais reconhecido pela população, todavia desgraçadamente ignorado pelos governos que se sucederam e pelo próprio MEC. Deixando a pergunta que teima em vir à tona. Já que Ney é um gênio, como todos nós reconhecemos. Por que, então, nunca foi Secretário em nenhum Governo? Por que o MEC não coloca nos livros didáticos as histórias que o professor descobriu nos alfarrábios? Fosse mais aproveitado, quanta coisa boa para a educação e para a cultura, poderia ter saído da mente privilegiada desse Avatar que desceu de astral superior para o berçário do Hospital Iguassú, no 27 de setembro de 1940, para trazer um pouco de ‘luz’ para o povo da Baixada Fluminense.

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