Além do Maciço do Tinguá as mercadorias produzidas desciam, pelos caminhos do ouro, produtos que demoravam a chegar ao Rio de Janeiro por causa das navegações fluvial-marítimas.
A abertura da Estrada Real do Comércio, abastecendo os trapiches da Povoação de Iguassú, acionou o movimento comercial(de passagem) iguassuensse, provocando, em 1833, o surgimento do Município de Iguassú”.
A história – mal comparando – é interessante peça teatral, encenada nos palcos da geografia.
A Revolução Industrial fabricou a Estrada Real do Comércio, incrementando produção e exportação. Estabeleceu importantes transformações no eixo Iguassú-Paraíba do Sul. As serranias próximas ao referido roteiro foram ocupadas.
A Estrada Real do Comércio deu vitalidade à Povoação e, depois de 1833, mais vida. Seu declínio começou com a ferrovia, por Maxambomba.
Começava no Largo dos Ferreiros
A Estrada Real do Comércio, começando no “Largo dos Ferreiros”, na Povoação de Iguassú, foi – até o início do ano de 1858 – importante traço de união entre as localidades situadas entre iguassú (Iguassú Velha) e as localidades antes das propriedades do Barão de Ubá, margem direita do Rio Paraíba (Paraíba do Sul).
O traçado escolhido foi detalhado pelo Sargento-Mór Inácio de Souza Werneck, personagem de Pati do Alferes. Outro sargento, Francisco Soares de Andréa, auxiliado por Manuel Joaquim Pardal, dão início às obras. Tarefa concluída em 1817. A Estrada – ainda não calçada – zigue-zageava a “Cerra Tingoá” e, vencendo-a, descia o Vale do Rio Santana, com ramificações para o lugar denominado “Certão” (Conrado) e para “Bom Fim” (Arcádia). Em 1822 percorreu-a o Botânico francês Saint Hilaire, que afirmou: “Seja como for, é difícil encontrar-se caminho mais pitoresco”. Durante 15 anos – mesmo bem transitada por tropeiros – ficou mal conservada. A expansão cafeeira revitalizou-a. Em meados do século dezenove foi “empedrada”, depois de encurtamentos, sob a responsabilidade do Coronel-de-Engenheiro Conrado Jacob Niemayer. Calçada, em longos trechos, com pedras (pé-de-moleque). O pesquisador Brasil Gerson (em “O Ouro o Café e o Rio”) a ele assim se referiu: “poderia também chamar-se a primeira Estrada do Café dos brasileiros”. O Porto de Iguassú (na Praça do Comércio) deve ter sido montado após o “calçamento” desta Estrada, porque, em mapeamento de 1837, não aparece.
O Maciço do Tinguá, até 1896, era conhecido com esta denominação: - “Serra do Comércio”.