Páginas

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Franceses em busca de Liberdade Religiosa


Por: Ney Alberto (in Memorian)
Muito antes da chegada dos aventureiros de Portugal, os franceses já visitavam o litoral do futuro Brasil. Por causa da coleta do “pau de tinta” (ibirapitanga, o pau Brasil) fizeram contatos amistosos com o indígena Tupinambá, trocando os troncos da citada madeira (escambo), por objetos diversos, desarticulando a cultura do silvícola.
A chegada dos lusitanos foi conseqüência da expansão comercial. 
Não católicos – hereges – não foram privilegiados pelo Tratado de Tordesilhas. E seguidores das idéias “reformistas”, pregadas por Martinho Lutero foram, pelos católicos, discriminados e perseguidos. Para tentar deter a expansão da Reforma (Protestante), o catolicismo deu início à “contra – reforma”, apoiando as ações da Companhia de Jesus (a dos Jesuítas).
Em 1555(10 de novembro), liderados por Villegagnon, franceses(“protestantes) , ocupam o Rio de Janeiro. Desejavam fundar a “França Antártica”, em busca da liberdade religiosa. Fizeram aliança com o Tupinambá/Tamoio. 
Para expulsar os franceses e exterminar seus aliados (indígenas) – estes já tinham, com seus ataques, levado ao insucesso o sistema administrativo das Capitanias Hereditárias – foi fundada a Cidade de São Sebastião, perto do Rio de Janeiro(Guanabara). 

sábado, 18 de agosto de 2012

Nota de Pesar

É com profundo pesar que comunicamos o falecimento essa madrugada do vereador Daniel da Padaria. A informação chegou-nos através da Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Nova Iguaçu. Ele estava em coma e internado na Casa de Saúde Nossa Senhora de Fátima, desde a semana passada, vítima de um AVC.
Ainda não temos informação sobre a hora e local do féretro. 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

FIRJAN: Porto 24h faria tempo de desembaraço cair pela metade



 
Brasil subiria 38 posições em ranking mundial de eficiência logística caso proposta fosse aprovada
 
Rio, 14 de agosto de 2012
 
O Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) calculou o impacto do funcionamento 24 horas dos órgãos anuentes nos portos brasileiros e chegou à conclusão que a medida faria o tempo de desembaraço burocrático cair de 5,5 dias para 2,7 dias. O avanço seria suficiente para que o país subisse 38 posições no ranking mundial desse item. Hoje, o Brasil é o 106º entre 118 países avaliados pelo Índice de Performance Logística do Banco Mundial.
 
A Nota Técnica “Qual o ganho de competitividade com o funcionamento 24 horas dos órgãos anuentes nos portos brasileiros?”, divulgada nesta quarta-feira, 14 de agosto, parte da sugestão que a FIRJAN, em conjunto com a Fiesp, entregou ao Governo federal no fim do ano passado para reivindicar a ampliação do horário de funcionamento de órgãos como Docas, Receita Federal, Anvisa e Ministério da Agricultura. Hoje o horário é comercial nos dias úteis, muitas vezes com parada para almoço, contrariando o praticado nos principais portos do mundo, que já funcionam no regime de 24 horas. “Um país que tem uma das dez maiores economias do mundo precisa estar entre os mais competitivos. A estrutura portuária ineficiente encarece nossas importações, e quem paga a conta desse custo adicional das empresas acaba sendo o consumidor”, diz o presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.
O impacto dessa medida faria com que a movimentação de carga nos portos aumentasse em 1.900 TEUs (unidade equivalente a 20 pés, ou um contêiner de 6 metros) por dia, o que equivale à soma da movimentação diária nos portos de Paranaguá (PR) e Belém (PA), ou 1,7 vezes o volume diário do Porto do Rio de Janeiro. Com um tempo de inspeção de 2,7 dias, o Brasil ficaria abaixo da média mundial de três dias e também da média dos demais países dos BRICs. “É uma decisão simples e fácil, que vai trazer um retorno rápido e visível, sem grandes custos”, avalia o gerente de Competitividade Industrial e Investimentos da FIRJAN, Cristiano Prado.
A nota técnica ressalta que o amparo legal para o funcionamento 24 horas já existe. A Lei 5.025/1966, embora não seja cumprida, já prevê o regime nos órgãos anuentes dos portos, inclusive domingos e feriados, para produtos agrícolas, pecuários, matérias-primas minerais e pedras preciosas. Bastaria ampliar o alcance para os demais produtos.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Daniel da Padaria


Foto: Daniel da Padaria, quando da entrega ao Dr. Marcus Henrique da Medalha Comendador Soares

Em nome de todos os companheiros responsáveis pelo jornal Folha do Iguassú deixamos aqui os mais expressivos auguros de pronto restabelecimento, ao vereador Daniel da Padaria, vitimado, domingo último, por um Acidente Vascular Cerebral (AVC). 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Liju/CR fábrica dr Campeões de Judô em Nova Iguaçu


A  Associação LIJU/CR de Judô, mostrou que realmente tem forças para brigar com os grandes do Judô Carioca. Considerada uma das maiores potências no Judô da Baixada Fluminense nos anos 90 a agremiação através de um projeto que conta apenas com apoio de seus Professores, pais e atletas vem servindo de Incubadora para uma nova geração de atletas. 
No primeiro semestre de 2012 a Agremiação teve um ótimo aproveitamento: 
3º Lugar entre as Agremiações do Interior, no alto rendimento do Torneio de Abertura realizado pela Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro (FJERJ). 
Campeã da 1ª e 2ª Fase do campeonato Regional da Baixada Fluminense. 
3º colocada das agremiações do Interior no Alto Rendimento do Campeonato Carioca (FJERJ). 
Vice campeã do Campeonato Inter-Regional entre as agremiações do Interior(FJERJ). 
Além de ter conquistado duas vagas na seletiva dos atletas que Irão representar a Seleção do Rio de Janeiro nas categorias Meio-Leve e Leve do Campeonato Brasileiro em Manaus com as gêmeas Thayná e Thayane Oliveira campeãs Brasileira Regional 2012. 
Os professores acreditam que um parceria seria fundamental para o avanço dos trabalhos, que em seu projeto possui cerca de mais de 100 atletas que devido algumas de suas dificuldades pessoais deixam de participar das competições, o que dificulta o aproveitamento da equipe nos torneios, mais afirmam que contando com 100% dos seus atletas a LIJU/CR teria condições de representar muito bem Nova Iguaçu e brigar de igual para igual com os grandes do Rio.

Quase que foi Rio de Dezembro

Ney Alberto 
(IN MEMORIAN)
Dois nomes de origem Tupy indicam o recôncavo do nosso ‘mar interior’: Guanabara e Niterói. J. Romão, em  ‘Denominações Indígenas na Toponímia Carioca’, dá-lhes as seguintes significações – ‘mar em formato de seio’; Niterói (Iterone, Iterô, Nitherô, Nictheróy), segundo vários  pesquisadores, quer dizer ‘mar escondido’.
Em 1502, marinheiros, numa expedição, vistoriando o litoral do futuro Brasil – inicialmente, uma “Ilha” (de Vera Cruz), desceram dando denominações, de acordo com o calendário católico e em razão de umas tantas outras características (Baía de todos os Santos , Cabo frio etc.). No dia 1º de janeiro (1502) – achando que a entrada - saída da Baía de Guanabara fosse a foz de caudaloso rio, nasceu o nome ‘Rio de Janeiro’. 
No mapeamento conhecido  por Reys-boeck (1624), sob o título ‘Rio Genero’, aparece a palavra ‘flumen’(rio, em Latim, daí...fluminense).
José de Anchieta (no “Auto de São Lourenço”) –  referindo-se ao entorno da Baía de Guanabara (Rio de Janeiro) denomina-o de ‘fundo do rio”.
Documentos antigos, de doação do Mosteiro de São Bento, indicam: ‘onde quebra o salgado’(referindo-se às margens da Baía citada).
A denominação dada pelos navegantes lusitanos  acabou unida ao nome da Cidade(São Sebastião do Rio de Janeiro), à capitania, à província e ao nosso Estado(RJ).
Não confundir “recôncavo” (a reentrância na qual ficam as águas da Baía Guanabara) com o território que denominamos Baixada Fluminense.
Caso os marujos de 1502 permanecessem mais tempo, em Cabo frio, em pescarias ou comemorações de fim de ano... a Cidade maravilhosa poderia ter recebido outra denominação: - Rio de Dezembro.

sábado, 4 de agosto de 2012

FIRJAN: tarifa de energia precisa cair mais de 30% para ser competitiva

Com reduções de apenas 10 a 20% do custo da energia elétrica, o país continuará na lanterna do ranking mundial  

Rio, 2 de agosto de 2012

O presidente do Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, apresentou na manhã desta quinta-feira, 2 de agosto, estudo que detalha o impacto das diversas possibilidades para redução do custo de energia elétrica para a indústria brasileira.

A FIRJAN criou um simulador capaz de avaliar a percentagem de redução obtida na tarifa final por meio da combinação da diminuição dos encargos específicos do setor (CCC; RGR; CDE e PROINFA) com a redução dos custos de Geração, Transmissão e Distribuição (GTD).

O estudo revela, por exemplo, que a eliminação dos encargos setoriais resultaria em redução entre 10 e 20% da tarifa, insuficiente para melhorar a competitividade brasileira no mercado internacional, já que o país permaneceria na lanterna do ranking com custo bastante superior à média mundial e à tarifa final de seus principais concorrentes. O simulador demonstra que reduções em torno de 10% representam ganho de apenas duas posições no ranking internacional e, de apenas três posições, no caso de queda de 15% a 20% da tarifa final.

“Assim como o governo foi ousado para baixar os juros, também precisamos de ousadia para reduzir a tarifa de energia elétrica”, afirma o presidente da FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira. “Se o Brasil quiser realmente atacar um dos principais componentes do Custo Brasil, precisa agir de forma eficiente para ter uma redução significativa do custo”, reforça. Gouvêa Vieira acrescenta que um caminho para isso é abrir a “caixa preta” dos custos de geração de energia. “A sociedade brasileira tem o direito de conhecer a estrutura de custo da tarifa que paga todos os meses.”

Pelo menos trinta simulações foram calculadas pela FIRJAN. O cenário que torna o Brasil competitivo em relação a 27 países concorrentes exigiria uma combinação de esforços: extinção completa dos encargos do setor (CCC; RGR; CDE e PROINFA) acompanhada da diminuição de 40% no custo da energia das concessões que forem renovadas, além de eliminação dos tributos PIS/COFINS e queda de 5% do ICMS – o que depende da adesão dos governos estaduais a esse esforço de competitividade. O resultado seria uma redução de 35% no custo de energia, aí sim suficiente para alcançar a média mundial e colocar o Brasil em patamar de competitividade.

Brasil ocupa a 24º posição
no ranking mundial

Conforme divulgou de forma inédita o estudo Quanto Custa a Energia Elétrica para a Indústria no Brasil?, lançado no ano passado também pela FIRJAN, a tarifa de energia no país alcança os maiores patamares mundiais: R$ 329 por megawatt-hora (MWh), com variação de até 63% entre os estados. A tarifa brasileira é 53% superior à média de 27 países concorrentes, 131% maior à média dos quatro maiores parceiros comerciais do Brasil (Alemanha, China, EUA, Argentina) e 134% acima da média dos demais países dos BRICs (Rússia, Índia e China).

No ranking mundial, o Brasil ocupa a 24° posição, na frente apenas de República Tcheca, Turquia e Itália, e atrás de nações como Chile, Portugal, Japão, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Colômbia, Uruguai, França, China, Estados Unidos, Canadá, Rússia, Argentina e Paraguai.
O estudo desmembrou ainda os componentes que integram a tarifa brasileira de energia elétrica, revelando que os Custos de Geração, Transmissão e Distribuição (GTD) correspondem a 50,3% do valor final, enquanto os encargos específicos do setor (CCC; RGR; CDE e PROINFA) e os tributos federais e estaduais (PIS/CONFINS e ICMS) representam 48,6% da tarifa.
Isso significa dizer que a tarifa brasileira já é cara na partida: só o custo de GTD do Brasil já supera o custo de diversos países competidores, como China, Estados Unidos, Canadá, Rússia e Argentina.
“O Brasil possui hoje uma oportunidade única para diminuir de forma significativa os custos de GTD no país com a perspectiva da renovação das concessões com vencimentos até 2015”, lembra o gerente de Competitividade Industrial e Investimentos da FIRFAN, Cristiano Prado. Impactos significativos sobre a competitividade dependerão, portanto, da conjugação de esforços para diminuir os diversos componentes do custo da energia, fazendo com que a tarifa final caia de fato para níveis competitivos internacionalmente. “Caso contrário, não vamos ver resultado”, conclui Cristiano Prado.
A nota técnica “A perspectiva de renovação das concessões, a redução de encargos e tributos e o impacto sobre o custo da energia elétrica para a indústria no Brasil” está disponível para download em http://migre.me/a8tVW 

sexta-feira, 3 de agosto de 2012


O PMDB terá 54 candidatos a prefeito, 16 candidatos a vice e 1.336 candidatos a vereador nas eleições municipais deste ano no estado do Rio. Para facilitar o acesso a seus nomes e outras informações, o partido está lançando nesta quinta-feira (02/08) o Hotsite Eleições 2012, onde estão disponibilizados fotos e perfis dos postulantes ao cargo de prefeito e as listas dos peemedebistas que disputarão vagas nas 92 câmaras municipais do estado. A ferramenta que está disponível no endereço www.pmdb-rj.org.br/eleicoes2012 conta com uma interface de fácil visualização e navegação através de um mapa interativo do estado. 
Presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani acredita que o mapa em que mais da metade dos municípios têm candidatos peemedebistas reflete o bom trabalho que vem sendo feito e a importância do partido no estado. “Conseguimos alcançar a meta de consolidar um grande número de candidatos. Agora temos que trabalhar para eleger a maior quantidade possível e reafirmar o PMDB como a principal força política do estado”, afirma o presidente, acrescentando que a iniciativa pioneira do Hotsite é mais uma importante forma de aproximação do partido com o eleitorado fluminense.   
O Hotsite pode ser acessado também pelo portal do PMDB (www.pmdb-rj.org.br) através do banner “Eleições 2012” localizado na barra lateral à direita da página. 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

FESTA DO AIPIM EM TINGUÁ NÃO FOI SUSTENTÁVEL E CAUSOU DANOS AO MEIO AMBIENTE



Por: Ricardo Portugal(jornalista e ambientalista)
Foto: Hélder Ferreira da Rede Sustentável denunciante da omissão dos gestores da Festa do Aipim de Tinguá
A polêmica está formada. Dias atrás, muito se falou na mídia e nas redes sociais sobre a Festa do Aipim deste ano em Tinguá, e sua possível sustentabilidade. Até aí tudo bem, uma iniciativa benéfica e a favor da comunidade. No entanto, a questão gerou uma discussão pública entre um dos organizadores da festa, o ambientalista e diretor da Rede Sustentável, Hélder Ferreira (foto), e o diretor de eventos da Secretaria de Meio Ambiente da prefeitura de Nova Iguaçu, Marcelo Reis. 
Em nota pública recentemente divulgada, Hélder acusa a prefeitura (na pessoa do diretor de eventos) de “descaso”, por não ter reconhecido oficialmente o caráter sustentável da festa, e pelo fato de não ter sido incluída a palavra “sustentabilidade” na veiculação dos materiais de divulgação do evento, materiais esses produzidos pela prefeitura. De acordo com o diretor da Rede Sustentável, a atitude tomada por Marcelo Reis, que também responde pela direção da APA-Tinguá, inviabilizou a concretização das parcerias firmadas com os patrocinadores gerando prejuízos financeiros da ordem de dez mil reais, além de danos morais ao ambientalista.
A sustentabilidade que não “vingou”
No início do processo de organização da festa, Helder condicionou seu envolvimento na organização da festa se a mesma tivesse perfil sustentável. Isso implicaria no recolhimento de cerca de 500 litros de óleo saturado, usado na fritura dos quitutes feitos à base de aipim, além da coleta seletiva do lixo produzido nos 4 dias do evento (12, 13, 14 e 15 de julho passado), para posterior reciclagem. O objetivo, segundo ele, era reduzir ao máximo o impacto da poluição que uma iniciativa desse porte produz no meio ambiente. Além disso, o plantio de 6.500 mudas de espécies nativas da mata atlântica também ajudariam na sustentabilidade da Festa do Aipim deste ano, compensando a emissão de CO², conhecido como gás carbônico, altamente poluente.
Uma comissão de organização do evento foi estruturada e Marcelo Reis, pela Secretaria de Meio Ambiente, ficou encarregado de interagir com os integrantes, para viabilizar o apoio logístico da prefeitura às atividades. Helder disse que os patrocinadores (Fazenda Santa Fé e Luso Esporte Uniformes) comprometeram-se em fornecer os equipamentos (bombonas de 200 litros e 25 litros para coleta do lixo e recolhimento do óleo usado nas frituras, respectivamente), incluindo a confecção de camisas de fibra de pet. Mas, infelizmente, nada disso se deu. O lixo produzido não recebeu coleta seletiva e o óleo saturado foi despejado nos ralos, indo desembocar direto no Rio Tinguá. E isso tudo ocorrendo a 100 metros da APA-Tinguá e nos limites da Reserva Biológica do Tinguá, uma região considerada pela UNESCO (órgão das Nações Unidas) como Patrimônio Natural da Humanidade, parte integrante da Reserva da Biosfera. 
Helder garantiu que toda a documentação necessária para a realização da festa foi por ele próprio obtida, como o “nada a opor” do 20º Batalhão da PM, da 58ª delegacia policial, do Corpo de Bombeiros, incluindo a entrega do projeto em mãos ao diretor de eventos da prefeitura, Marcelo Reis. Pelo fato da prefeitura não ter pagado pelos shows musicais da festa, foi necessária a cobrança de uma taxa de cada barraca, para bancar o pagamento dos artistas e da segurança. O coordenador da Rede Sustentável revelou que a prefeitura iguaçuana só forneceu a estrutura da festa, como palanque, som e instalação das tendas. 
O que soa estranho para Helder nessa estória foi a afirmação do diretor de eventos da prefeitura. Segundo Reis, para haver um processo de sustentabilidade em Tinguá, teria que se convocar para esse trabalho a Onda Verde, uma ONG que atua naquela região. Helder desconhece o porquê dessa opinião de Reis, uma vez que tal entidade ambientalista sequer fazia parte da comissão organizadora da festa e também não a patrocinava.
Razões desconhecidas
O coordenador da Rede Sustentável também desconhece o que realmente está por trás dessa polêmica. Segundo ele, Marcelo Reis agiu por conta própria e de forma isolada e arbitrária, ao privar o evento do caráter sustentável pretendido por Helder e por ter dado ouvidos a pessoas como Cirlene da Costa Martins, mais conhecida como “Preta Tinguá”, assessora técnica nomeada na secretaria do meio ambiente da prefeitura iguaçuana. Para Helder, Cirlene foi a responsável direta pela mudança de opinião e postura de Marcelo na questão da sustentabilidade da Festa do Aipim, uma vez que, para ela, o evento deveria ter apenas um perfil gastronômico.
A indignação do ambientalista Helder é tanta com o episódio que o mesmo não descarta a possibilidade de entrar na justiça, a fim de obter reparação pelos prejuízos e danos sofridos. Alega que Reis, na condição de agente ocupante de cargo público, deve satisfações e explicações a ele e à população pelas decisões e atitudes que tomou nesse imbróglio da festa. 
Ele ressalta que a prefeitura promoveu, nos mesmos dias da festa do Aipim em Tinguá, um evento paralelo nas ruínas do casarão da Fazenda São Bernardino, com propaganda da água mineral Xuá. Helder quer saber com qual autorização e recursos a diretoria de eventos da prefeitura realizou a chamada “Estância da Festa do Aipim na Fazenda São Bernardino”, num local tombado como patrimônio histórico e artístico pelo IPHAN. Outro questionamento constante na Nota Pública da Rede Sustentável diz respeito a outro evento paralelo realizado no Condomínio Vale do Tinguá, com o nome de “festa do aipim”, sem a devida autorização da comissão organizadora da Festa do Aipim 2012, e sem a participação da comunidade, onde foram gastos recursos públicos apesar do local ser uma propriedade particular.