Por: Ney Alberto
Foto: casarão mandado construir por Bernardino de Melo
Bernardino José de Souza e Mello, ao mandar construir a Casa – Grande da Fazenda São Bernardino, cuidou disso com muita sofisticação. Capela interna, ‘Sala de Música’, ‘Salão de Festas’... tudo muito bem decorado. Os ‘Saraus’, constantes, apresentavam artistas de vários lugares.
O Almanak Laemmert, parar 1878, registra seu nome na Presidência da ‘Sociedade Dramática Particular Iguassuense’, mantenedora do Teatro da Vila de Iguassú. Em 1884, o então famoso músico, Ernesto Nazareth, presta-lhe homenagem, oferecendo a Polka intitulada ‘Beija Flor’, cuja partitura ganhei (cópia) de presente, do ilustre pesquisador Flávio Farias Araújo.
Não confundir o primeiro proprietário da fazenda São Bernardino (o velho) com seu filho Bernardino José de Souza e Mello Junior (o Bernardino de Melo que tem nome em Rua, Central, em Nova Iguaçu. Este foi Vereador e Presidente da Câmara Municipal e, conseqüentemente, Administrador do então extenso Município de Iguassú. A construção do prédio da Câmara (1908), em Maxambomba, foi sua iniciativa.
Os Souza e Mello – ligados à Fazenda São Bernardino, à Vila de Iguassú e, a Cidade do Rio de Janeiro, eram abolicionistas e monarquistas. Um sobrinho do Velho Bernardino acompanhou Pedro Segundo no exílio. Eles foram, também, contra a transferência da sede do município de Iguassú para Maxambomba.
O prédio, próprio, da Câmara Municipal – e que abrigou, também, a Prefeitura, em 1919 – para não perder a ‘tradição’ deste município desmemoriado – foi demolido.
Um comentário:
Hj só a ruína, daqui a pouco não vai existir nem mais um tijolinho , infelizmente. Quanta tristeza dá ao ver como esse lugar está !
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