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quinta-feira, 15 de maio de 2014

SUPERLOTAÇÃO DO HGNI É PAUTA NA REUNIÃO DO CISBAF

Por: Claudia Souza
SUPERLOTAÇÃO DO HGNI É PAUTA NA REUNIÃO DO CISBAF
 Os secretários de Saúde e representantes das secretarias de Saúde da Baixada participaram na manhã desta quinta-feira (15), na sede do consórcio, da reunião extraordinária do Conselho Técnico do Cisbaf com o principal objetivo de discutir a superlotação do Hospital Geral de Nova Iguaçu (Posse) e medidas emergenciais para minimizar o problema. O hospital é referência para toda a região.

O secretário de Saúde de Nova Iguaçu, Luiz Antônio Teixeira Junior, iniciou a reunião apresentando a estatística de atendimento do HGNI que sofre, mais uma vez, com a superlotação. Ele alega que o hospital está recebendo pacientes de todos os municípios da Baixada, inclusive da cidade do Rio de Janeiro, sem nenhum critério ou avaliação prévia dos casos, resultando, com isso, na lotação da emergência de pacientes que não precisariam estar na unidade.

– Somos um hospital com capacidade para atender a alta complexidade em algumas especialidades, mas todos os dias chegam ao HGNI desde o acidente vascular cerebral até a erisipela, que deveria estar sendo tratada na atenção básica. Precisamos da parceria dos municípios na estruturação do seu serviço básico para que seja encaminhado ao HGNI somente a alta complexidade –, desabafa o gestor.

O diretor do HGNI, Joé Sestello, solicitou ainda aos secretários presentes que enviem ao hospital da Posse apenas os casos graves diagnosticados. “A ausência de uma avaliação prévia dos casos, que muitas vezes não oferecem risco de vida ao paciente, resulta na lotação da emergência. Estes pacientes poderiam estar sendo atendidos em outras unidades ou no seu próprio município”, destaca o diretor.

Luiz Antônio chegou a sugerir aos secretários que contratem um ortopedista que ficará na UPA para o primeiro atendimento nos casos de traumas e diagnóstico. Ele ratificou que não é responsabilidade de Nova Iguaçu assumir o paciente de um município que não tenha a estrutura básica para assistência à média complexidade. “Não é nossa responsabilidade resolver a baixa e a média complexidade dos outros municípios. Cada um deve cumprir o seu papel e colaborar com o que for possível”.

            A secretária executiva do Cisbaf, Rosangela Bello, falou que as UPAs são estratégicas na região e podem fazer o primeiro atendimento dos pacientes de média complexidade, inserindo-se, dessa forma, na rede regional. Ela reforçou que na próxima quarta-feira (21) está agendada na SES uma reunião com o secretário estadual de Saúde, Marcos Esner Musafir, e os secretários da Baixada, onde será discutido também o custeio de 25% do Samu e a necessidade urgente de criação de leitos de retaguarda para a região.  

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