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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Espaço do Samba - Paulinho Manahu

Por: Ruy Tecnocrata

Dona Jurema e Paulinho Manahu


Ele é morador de Vilar Novo – hoje município de Belford Roxo. Nasceu aos 12 dias do mês de agosto de 1954; deficiente visual desde 2004 por não levar a sério o tratamento da Diabetes, nosso poeta do Ar, Paulo Roberto Manahu também já foi reconhecido como “Celebridade Popular” pela Câmara Municipal de Nova Iguaçu. Paulinho Manahu, como é conhecido no meio do samba tem uma história de vida interessante. Aos 15 anos ingressou na EPCAR- Escola Preparatória de Cadetes do Ar; aos 19 interrompeu sua trajetória de militar por não aceitar ser um burocrata de asas e não piloto da força aérea – começa então sua carreira de sambista. Ingressando na “Ala da Pilantragem” do GRBC Boêmios de Irajá, onde permaneceu até os seus 25 anos como Diretor de Alas. Nesse meio tempo ingressou também na “Ala de Compositores do GRES Unidos de Manguinhos” ocasião em que conheceu no desfile das campeãs seu incentivador Mestre Candeia. Apesar de já ter alguns sambas escritos só começa a escrever samba enredo em 1979 no BC Anjos da Guarda de Belford Roxo, onde durante seus oito anos de convívio ganhou 4 carnavais. Em 1983 ingressou no GRBC Leão de Iguaçu onde em 1989 já GRES Leão de Nova Iguaçu sagrou-se campeão. Convidado por amigos ingressa no GRES Inocentes de Belford Roxo e GRES Império Serrano onde sagrou-se campeão no ano de 2000 levando a Escola de volta ao Grupo Especial – vale lembrar que foi detentor neste ano dos troféus: Estandarte de Ouro, Samba Net e Melhor Samba da Associação das Escolas de Samba. Seu último campeonato foi no ano de 2004 pelo GRBC Acadêmicos de Belford Roxo. Meio desanimado com o rumo tomado pelas escolhas de samba enredo em quadra, dedica-se atualmente a escrever músicas de meio de ano, recebendo convites de intérpretes amigos seus. Nunca esquece de seus grandes parceiros e amigos do meio do samba: Índio do Tamborim, Marcos Cabeça Branca, Daniel da Flora, Zé Ferreira, Manoel Coelho, Romildo, Pinga, Mario Carabina, Menilson, Claudinho, Jorginho Pirraça e outros. Sempre acompanhado de sua Guardiã e Fiel Escudeira - Dona Jurema, como diz Ele, parceira de toda sua vida, principalmente após a vida lhe ter pregado uma peça, Paulinho Manahu está sempre circulando numa roda de samba com um sorriso largo e um bom papo, deixa um conselho: se Você tem em sua vida algum problema de saúde: não banalize, cuide-se para vivê-la melhor. Este é mais um representante do Acervo Vivo da Cultura Negra de Nova Iguaçu.

Um comentário:

Unknown disse...

Olá! Trabalhei com o Manahu no Banco Real nos anos 70. Sempre ouço referências sobre ele. Resolvi procurar e...achei! Meu nome: Kátia Cristiani Tosta Brown (Vila Isabel). Forte abraço!!!