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quarta-feira, 16 de junho de 2010

PROJETO NÃO PIXE. PINTE! TERMINA EM JUNHO COM PINTURA COLETIVA





A iniciativa que conquistou a simpatia da sociedade e deixou o centro comercial de Nova Iguaçu mais colorido e alegre termina em junho. Trata-se do projeto Não Piche. Pinte!, do artista plástico Ailton José que começou em março e termina no próximo dia 18 com uma grande pintura mural coletiva, envolvendo todos os alunos do Instituto de Educação Rangel Pestana.
Criado no início dos anos 90, o projeto, que recebeu aplausos do escritor e antropólogo, Darcy Ribeiro, foi relançado agora com o apoio da Prefeitura de Nova Iguaçu, através do Fundo Municipal de Cultura. A idéia consiste em cinco módulos: oficina de pintura, palestra envolvendo toda a escola sobre a questão da pichação, exposição dos trabalhos individuais dos alunos da oficina, participação em uma pintura mural feita por profissionais e, por fim,executar e comandar uma pintura mural coletiva. Em ambas as pinturas o tema escolhido é o patrimônio histórico da Baixada para que a população passe a conhecer e lutar por sua preservação. No próximo dia 11 os alunos da oficina vão expor suas pinturas em aquarela e no dia 18 de junho todos os alunos do Ierp participarão da pintura coletiva.



A idéia não é apenas mostrar aos pichadores que a arte é o melhor canal de comunicação com a sociedade, mas passar também conceitos de cidadania, como respeito ao próximo, à cidade e ao patrimônio histórico. “Queremos mostrar que o bom é ser aplaudido pela sociedade e não marginalizado, como normalmente acontece com os pichadores”, explica Ailton José que também é professor de história.
O artista comentou ainda que conscientizar os estudantes sobre os problemas da pichação leva tempo, por isso optou em desenvolver esse trabalho na maior escola de Formação de Professores, pensando no efeito multiplicador. “A pichação chateia e é ilegal. No lugar dela, é muito mais interessante pintar os muros, embelezar as casas e a cidade, fazer com que o estudante se expresse pela arte. Inclusive, diretores de outras escolas já se interessaram pelo projeto”, explica o professor.






Jeania Maria

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