Ney Alberto (in memorian)
Antes mesmo de 1500 o território situado no entorno do recôncavo da Baía de Guanabara (Baía do Rio de Janeiro) já recebia “estrangeiros”. E, assim, era um ponto de encontro de diversidades culturais. Vejamos: Tupinambá; adversários (inimigos) desse silvícola; normandos (serviram de interpretes aos franceses, já moradores da futura Baixada Fluminense); caraíbas ( “profetas” que, de tempos em tempos, influenciavam os paiés, líderes religiosos das Aldeias); franceses(em busca do “pau de tinta”, praticando escambo, com o Tupinambá; protestantes franceses, depois de 1555, objetivando a fundação da França Antártica; portugueses (considerados inimigos do Tupinambá/Tamoio, que eram aliados dos franceses).
Com referência aos normandos, informou Léry, em 1557: “Certos intérpretes normandos, há muito residentes no país”; nos levando a aceitar, portanto, que estes europeus já permutavam conhecimento com os indígenas. Nossas Baixadas (Fluminense e de Sepetiba) e a terra carioca eram, nesses momentos quinhentistas, um caldeirão cultural.
Expulsos os franceses e exterminados os índios, deu-se a efetiva ocupação da micro região pelos representantes de Portugal. O francês – “mair”, (linguajar Tupi) – não conseguiu fundar a França Antártica. O português (perô ou peró, na linguagem tupi), ganhando “sesmarias”, implantou seu destino.
A tão badalada globalização – derrubando ideologias – dos dias atuais fermentava nos territórios citados. E numa época na qual o Tupinambá vivenciava a Idade da Pedra.
Um comentário:
Obrigado pela postagem, vou trabalhar com meus alunos em sala de aula cujo tema é o conceito de globalização.
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