Páginas

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

E.C. Miguel Couto Sênior - Encontro de final de ano de 2017

Por: Wandemberg
E.C. Miguel Couto Sênior - Encontro de final de ano de 2017
A Baixada, há algumas décadas atrás, já teve em suas humildes praças de esporte, grandes equipes de futebol 'amador'. Nem vou me atrever a nomear aqui os times (máquinas fantásticas de jogar futebol), que viam, aos domingos, seus campos cercados de torcedores fanáticos, os quais, tinham como segundo time do coração, os grandes do Rio de Janeiro: Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Bangu e América. 
  Não duvidem, mas a "Baixada" viu jogadores super habilidosos que poderiam perfeitamente ter envergado, sem favor nenhum, a jaqueta da Seleção Brasileira e se imortalizarem, tanto quanto, Garrincha, Pelé e outros, que todavia, ficaram por aqui. Os motivos foram vários: Necessidade premente de trabalhar; falta de dinheiro de passagem para ir treinar, num tempo em que o futebol brasileiro era paupérrimo; Influência da família que não via o esporte com 'bons olhos'; o estudo como exigência prioritária da família, no caso dos mais abastados; a inexistência, há época, dos empresários; a concorrência forte dos times amadores que pagavam para o jogo de domingo, e, ainda a indiferença de muitos destes craques para com o futebol profissional, e, a teimosia em não sair das localidades onde nasceram e foram criados. Mas a grande verdade é que jogadores de capacidade técnica impressionante marcaram de forma indelével sua trajetória, bem como as travas de suas chuteiras, moldadas cuidadosamente pelos 'sapateiros', nos, mal cuidados, gramados da Baixada Fluminense. 
 Ah se fosse hoje! Hoje, um garoto com 12 anos, pode ser contratado para integrar o elenco, de uma das categorias, de um time grande do País, ou até do exterior, com salário mensal bem acima de 40 mil reais, com direito à escola, veículo e apartamento para a família morar. 'Deus do céu', está claro que, nascemos na época errada!

Ainda dá para ter uma pequena noção sobre do quê estamos falando 
Para aguçar a curiosidade dos jovens, que não tiveram a oportunidade de ver os craques das décadas que passaram, atuar, mas já ouviram 'torcedores da antiga' citarem seus nomes e qualidades técnicas, alguns destes jogadores, hoje, já na condição de 'Sênior', poderão ser encontrados, no primeiro domingo de cada mês, à partir da 8 horas, no Estádio Joel Pereira - que pertence ao Esporte Clube Miguel Couto, clube que nos anos 50/60, e início de 70, foi uma daquelas 'máquinas' de jogar futebol. Naqueles tempos jogar num time de amadores, em um dos campeonatos promovidos pelas Ligas municipais, rendia, muitas vezes, mais dinheiro do que jogar numa equipe 'pequena' de profissionais, do Rio de Janeiro.

Festa de encerramento do ano de 2017
 Cedo a rapaziada(rapaziada?) já começava a chegar. Era o último 'encontro do ano de 2017, do 'Seniores', que reúne ex- atletas de toda a Baixada Fluminense.  Nessas ocasiões parece que a turma fica mais falante e solidária. Em determinado momento chegou o Pinamba, que do alto dos seus 80 anos, nos faz herdeiro de uma história fantástica, por isso se tornou um ícone do futebol iguaçuano, tendo integrado diversas seleções de Nova Iguaçu e feito parte do elenco campeão de 57/58 e 60/61, de um dos melhores times amador do Estado, há época - Esporte Clube Miguel Couto. 
  Depois foi a vez de Vavá chegar ao Estádio Joel Pereira. Vavá, um Centro avante 'magricelo', rápido como o raio que, de sobra, era habilidoso, inteligente e tinha uma 'bomba' em cada perna. Nesse dia de festa e confraternização, quando os mais antigos viram Vavá, houve 'clima' de festa, dentro da própria festa, e tome-lhe abraços! Eu, particularmente tenho um motivo à mais para idolatrá-lo. O centroavante jogava no time principal do "Miguelão", quando me viu atuar nos juvenis do tricolor no Campeonato Iguaçuano da categoria, foi quando juntou-se aos saudosos Joel Mosquito e Gelson, para pedir ao técnico Joãozinho, que me integrasse ao elenco principal, eu tinha menos de 16 anos, e, graças a interferência do Vavá, passei a fazer parte de um grupo, repleto de 'medalhões', advindos de todos os 'cantos' do Estado do Rio, jogadores regiamente pagos, pelos comerciantes, local, contando, ainda, com o apoio financeiro de um ou outro torcedor mais aquinhoado! 
 Logo logo a bola rolou, com a alegria de sempre estampada naqueles semblantes, não obstante o tempo, ainda, joviais. Quando terminou, o grupo se dirigiu para a sede do clube, no Centro do Bairro que dá nome ao time, local, onde foi servido o almoço. Foi quando chegou quem faltava, Xexéu, um dos sumidos que, segundo dizem, fez comigo uma das duplas de zagueiros mais perfeitas da história de Nova Iguaçu e da Baixada! De minha parte agradeço tais elogios, e, penso na honra de ter atuado ao lado desse 'gigante'! 
  Já na sede do clube, enquanto era servido o almoço, e, a 'geladinha', a conversa se alastrou, levada pelas lembranças de décadas passadas, de jogos, episódios, momentos de alegria e de tristeza que só o convívio do futebol oferece... Após esse nosso último encontro do ano(outro, recomeço nos aguarda lá pro ano que vem, em fevereiro ou março) na verdade essa turma  não tem o menor problema com o recomeço, seja jogando, ou, na beirada do campo, quadrante lado de fora - simplesmente, relembrando, com um copo de cerveja à mão e uma áurea de carinho no coração, dos bons e velhos tempos!
  Para aqueles que detêm uma visão mais crítica quando falamos de cerveja e atletas de futebol longevos, rebato dizendo o seguinte: a tônica principal aqui é o futebol amador. Seria hipocrisia omitir o quanto os atletas signatários do futebol ‘Amador’, gostavam de beber cerveja, ‘socialmente’, é claro, após os jogos. Nem por isso, ninguém era visto ‘bêbado’. Cansei de ver super craques como Neném, Valter, Pinamba, Joel Mosquito, Vavá e muitos outros, após uma partida duríssima se dirigirem para o Bar do seu Monteiro, um Português - Pioneiro - do comércio de Miguel Couto, para beberem cerveja ‘á vontade’. À despeito das opiniões contrária à prática nos diz que não há nada melhor que ingerir cerveja após os jogos de futebol 

Feliz Natal e Próspero Ano Novo!


********************************************************************************
Tecnologia de Ponta
Para ler o 1º jornal On Line da Baixada Fluminense, siga a faixa laranja à direita, até o topo, e, clique na capa miniatura. Aguarde uns segundos, e, após abri-la, para aumentar a dimensão, use o 'mause' numa bolinha sobre linha horizontal, fazendo com que corra para a direita . Depois é só correr o mause nos quadrantes das páginas. Para mudar de página clique nas setas ao lado das páginas

Nenhum comentário: