Nova Iguaçu terá Big Brother para monitorar todos motoristas de vans
O novo sistema de transporte alternativo de Nova Iguaçu, com previsão de licitação pública e implantação ainda este ano, será submetido a rigoroso esquema de fiscalização por parte do governo municipal. As vans serão monitoradas, dia e noite, por GPS e mais de 70 câmeras do Centro de Operações da Prefeitura espalhadas pela cidade. O objetivo é melhorar o atendimento, oferecendo mais segurança e conforto aos passageiros.
O transporte alternativo envolve atualmente 320 vans e Kombi, que exploram 34 linhas municipais, transportando em média 1 milhão de passageiros por ano. O secretário municipal de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana, Rubens Borborema, explicou que a Prefeitura está realizando um estudo de viabilização técnica e econômica para adequar o transporte alternativo à realidade da cidade, e que somente depois o edital de licitação será liberado para a concessão do serviço.
“Com o instrumento de monitoramento e fiscalização o governo vai saber se o motorista estará cumprindo o itinerário correto e qual a demanda de passageiros, por exemplo,” justifica, frisando que a Secretaria de Transporte poderá punir o infrator com penalidades que vão desde uma simples advertência até a cassação do serviço.
“Como é inviável termos um fiscal para cada van, vamos nos valer dos equipamentos eletrônicos e da tecnologia, inclusive com a ajuda do Centro de Operações, que funcionará com mais de 70 câmeras”, explicou o secretário, ressaltando que o motorista permissionário assinará um contrato de prestação de serviço se comprometendo às regras impostas pela Prefeitura.
“Nova Iguaçu já tem um sistema alternativo de transporte, eu diria, melhor e mais adequado do que em alguns municípios da Baixada Fluminense e de outras regiões. Mas precisamos melhorar ainda mais. E uma de nossas metas é criar mecanismos mais eficazes de fiscalização e penalização, por exemplo, do motorista que desrespeita o passageiro”, observa Borborema.
A Prefeitura estuda ainda se a frota de van e o número de linhas existentes atualmente são suficientes para atender à demanda de passageiros ou se será necessário aumenta-las. Vai avaliar também se permitirá ou não trabalho de cobradores e como regulamentá-los, na hipótese de serem incluídos no edital de licitação pública.
MOTORISTAS PASSARÃO POR PENTE-FINO
Ao assumir o governo, em janeiro de 2013, o prefeito Nelson Bornier reuniu cerca de 300 motoristas de vans e Kombi, no campo do Nova Iguaçu Futebol Clube, para avisá-los de que não iria tolerar “bagunça” no transporte alternativo da cidade.
“É preciso, acima de tudo, que vocês cumpram o dever de casa. Nada de pneus carecas, de mudança indevida de itinerário preestabelecido; como não quero também ninguém dirigindo sem camisa, usando chinelos de dedo e nem com a metade do corpo para fora da van, gritando por passageiros. Isto aqui é uma cidade e vocês precisam receber e tratar o passageiro com dignidade”, advertiu o prefeito, à época.
O estudo de viabilidade técnica e econômica será baseado, em grande parte, no sistema implantado no município do Rio. Já o motorista candidato a uma permissão para a exploração do transporte alternativo se submeterá a um pente-fino rigoroso no processo de seleção. Vai pesar na hora da concessão uma série de requisitos, como a folha de antecedentes e tempo de habilitação, entre outras exigências.
"A pontuação técnica e atestados podem ser decisivos na hora da distribuição da permissão, priorizado a experiência daquele motorista, por exemplo, que nunca sofreu penalidade no trânsito”, anunciou Borborema, para quem os estudos que antecedem a licitação estão avaliando questões relacionadas a adequação de linhas e tarifa.
“A ideia é que o transporte alternativa faça o papel complementar para atender às localidade ainda não bem assistidas pelos ônibus do transporte convencional”, concluiu o secretário Borborema.
Tecnologia de Ponta
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