Um século de Carinhoso
“Meu coração, não sei por que; Bate feliz quando te vê”. Quem nunca escutou ou cantarolou esse verso? Não há um brasileiro que não reconheça a música, regravada centenas de vezes e utilizada até para embalar campanhas publicitárias para os mais diversos públicos.

Carinhoso conseguiu alcançar grandes feitos, como, por exemplo reforçar as raízes brasileiras na música. Pixinguinha foi flautista profissional desde cedo, aos 14 anos. Com a célebre canção conseguiu reafirma a identidade do choro, baseada na formação flauta-violão-cavaquinho, um gênero que surgiu no Rio de Janeiro em 1870, formado pela mistura de ritmos europeus com afro-brasileiros.
Pixinguinha teria deixado “Carinhoso” no anonimato por mais de uma década por ter sido muito criticado à época. Segundo a crítica, suas composições recebiam influência do jazz, o que era inaceitável. Por conta disso, ocultou essa grande pérola para seguir os padrões impostos na época.
Depois de Carinhoso, Pixinguinha abrilhantou o cenário cultural com outras melodias, como a valsa "Rosa" e os choros "Lamentos" (1928), "Um a zero" (1949, com Benedito Lacerda), "Vou vivendo" (1946, com Benedito Lacerda), "Naquele tempo" (1934) e "Ingênuo" (1947, com Benedito Lacerda).
Apesar de tudo, o estilo derrubou barreiras e se tornou um grande ícone da musicalidade brasileira. Atualmente, as mesmas composições, antes criticadas, tornaram-se clássicos respeitáveis e podem ser vistas como muito avançadas para o início do século.
(*) Mariza Sorriso é cantora, poeta, e dinamizadora cultural. Nasceu em Petrópolis/RJ e reside no Rio de Janeiro há 30 anos. Apresenta o show a “SORRIR – 100 Anos de Samba” que conta com “Carinhoso” no repertório. Tem quatro livros publicados. É a mentora do Encontro de Poetas da Língua Portuguesa, cuja IV edição acontecerá em set/17 no Rio-BR, Lisboa-Pt e Maputo-MZ.
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