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O prefeito Nelson Bornier anunciou neste final de semana a criação de um mega projeto de mobilidade urbana para acabar com o caos no trânsito em Nova Iguaçu. A cidade vai ganhar um moderno Centro de Controle, parecido com o que já existe na CET-Rio, com câmeras, semáforos inteligentes, painéis para orientação do motorista, radares e equipamentos eletrônicos, inclusive para contagem volumétrica e do tempo de percurso do motorista.
O Centro de Controle, que integrará vários órgãos do governo municipal, será construído, possivelmente numa área da Avenida Dr. Salles Teixeira (antiga Araguaia), próximo a uma antiga retífica, de frente da Rodovia Presidente Dutra. Além de receber as imagens da cidade, a ideia é interconectar todos os dados para visualização, monitoramento, durante 24 horas, através de um grande telão, e análise de cada situação na sala de controle. O processo permite atuar, com rapidez, em tempo real, na tomada de decisões e solução dos problemas.
As mudanças, com prazo para entrar em vigor ainda não revelado, serão comandadas por Rubens Rodrigues Borborema, engenheiro, de 34 anos, que deixará em breve a gerência de monitoramento de tráfego da CET-Rio, na capital do Estado, para assumir a Secretaria Municipal de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana de Nova Iguaçu. O coronel Almir Costa, atual titular da pasta, passará a cuidar do setor de transporte, que envolve coletivos, vans e táxi e outros tipos de modalidades.
Rubens Borborema foi apresentado neste sábado (29), no Patronato São Vicente de Paulo, durante encontro do prefeito com todo o secretariado. Ele disse que a ideia é entrar na cidade com operações maciças e uma grande logística para fazer o trânsito fluir. “Vamos fazer o que for necessário para melhorar o trânsito na região”, prometeu.
DE OLHO NO MAU MOTORISTA
Estarão envolvidos no projeto cerca de 50 agentes uniformizados, com novos coletes, bastões, luvas, além de viaturas, motocicletas e reboques leves e pesados. Haverá da mesma forma fiscalização eletrônica de avanço de semáforo (sinal) e de velocidade para coibir o mau motorista, sobretudo àquele que gosta de fechar cruzamentos, atrapalhando o trânsito.
“Hoje, se um carro ou um ônibus enguiça na rua, você também não tem como desobstruir aquela via com rapidez. Para isso, teremos agentes motorizados, dando agilidade nas operações de trânsito da cidade”, anunciou Rubens Borborema. Ele será auxiliado por Carlos Augusto Melo, também do CET-Rio, na Superintendência de Trânsito e Mobilidade Urbana.
Na avaliação do futuro secretário, logo, logo, a população vai perceber que o governo municipal estará nas ruas cuidando bem do trânsito. “Estamos trazendo a ideia do uso do palmtop (computador de mão) para agilizar as aplicações de multas. Usaremos também câmeras móveis em situações especiais, a exemplo de eventos na cidade promovidos pela própria prefeitura”, explicou.
Segundo ainda Rubens Borborema, o investimento na área da segurança de trânsito será da ordem de R$ 270 mil por mês, praticamente sem custos para a prefeitura, já que, segundo explicou, a receita será remunerada a partir das multas efetivamente arrecadada pelos cofres públicos. “Ou seja, todo esse parque de investimento, ele se autoremunera”, garantiu. A parte operacional terá um custo aproximado de R$ 328 mil, mensais, com recursos da municipalidade.
Já os recursos para a implantação de câmeras e montagem de equipamentos, avaliados em cerca de R$ 3 milhões, poderão ser custeados pelo Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça.
SITUAÇÃO SOFRIVEL
Um dos mais entusiasmado com o projeto, o subsecretário de Urbanismo Regional e Metropolitano, Vicente Loureiro, afirma que o quadro do trânsito, hoje, em Nova Iguaçu, “é sofrível”. Ele explicou que com o crescimento da cidade e da movimentação de veículos, está ficando inviável o nível de tensão e de desgaste com os quais as pessoas passaram a viver.
“Temos que colocar um limite nisso, dar um choque de ordem na cidade. Há dois meses, o governo vem conversando com especialistas. O prefeito Bornier visitou uma empresa que cuida da tecnologia e o próprio Centro de Operações do Rio, exatamente para saber como a coisa funciona por lá”, contou.
Segundo ainda Loureiro, espécie de consultor do governo municipal, a ideia é começar a colocar em prática, o mais rápido possível, o início de gestão, sobretudo profissional, de um sistema de circulação de veículos com tecnologia apropriada ao tamanho e dimensão do tráfego que se verifica na cidade.
“O trânsito de Nova Iguaçu ganhou uma dimensão muito expressiva nos últimos dez anos, dobrando o número de veículo em circulação, pelas mesmas vias e corredores da cidade. Nenhuma outra atividade econômica e social dobrou de tamanho. Isto complicou muito e hoje o trânsito no Centro está bastante pesado, provocando tumulto e muita demora para se atravessar a cidade”, diagnosticou subsecretário estadual.
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