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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Especialista recomenda atenção aos sintomas da chikungunya

Por: Sergio Ramoz
Especialista recomenda atenção aos sintomas da chikungunya
Parecida com a dengue e com o mesmo vetor da doença que virou problema de saúde pública no Brasil, a febre chikungunya chegou ao país principalmente por militares e missionários brasileiros que voltaram de missão no Haiti.  A especialista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Jois Ortega, diz que as pessoas não devem ficar alarmadas com a doença, mas sim atentas.

Febre, dores nas articulações, mal-estar, sintomas já conhecidos por muitos brasileiros, também fazem parte da infecção pelo vírus causador da febre. Segundo Jois, as dores nas articulações costumam ser mais intensas na febre chikugunya, mas normalmente a doença é mais branda do que a dengue. Desde o começo do ano foram confirmados 20 casos de chikungunya, todos com origem fora do país.

Segundo a infectologista, o Brasil tem condições de fazer o diagnóstico laboratorial da doença e está atento à sua entrada. “É importante que as pessoas procurem o médico se sentirem os sintomas depois de uma viagem. É importante também que o médico pergunte se o paciente saiu do país. A circulação da chikungunya no Brasil ainda pode ser barrada, mas é preciso muita atenção”.

A doença é causada por um vírus do gênero Alphavirus e transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti, transmissor da dengue, e o Aedes albopictus os principais vetores. Passados os sintomas, o paciente deixa de transmitir a doença para os vetores.

Os sintomas são parecidos com os da dengue e manifestam-se entre três a 12 dias após ser infectado pelo arbovírus. O paciente infectado apresenta febre muito alta (acima de 39°C), náuseas, vômitos, intensas dores nas articulações (artralgia) e na cabeça (cefaleia), além de erupções cutâneas (exantema). Em muitos casos, a artralgia pode durar meses e algumas pessoas podem desenvolver casos atípicos (manifestações dermatológica, ocular, cardiovascular, renal e neurológica).

O tratamento é apenas de suporte em que o médico monitora os sintomas do paciente, faz a hidratação e medica com analgésicos. Caso ocorra uma epidemia no Brasil, as unidades de assistência à saúde deverão estar preparadas para minimizar o impacto da doença na população.

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