FIRJAN e prefeitos da Baixada Fluminense se unem
em defesa dos incentivos fiscais para o Estado
Encontro aproximou empresários da indústria e chefes do executivo para retomada do crescimento na região

Nos últimos anos, 51 municípios do interior do estado do Rio receberam incentivos fiscais. Entre 2008 e 2014, mais de 230 indústrias se instalaram nessas cidades atraídas por incentivos fiscais. Isso resultou na formação de polos industriais e em cadeias de fornecedores, comércio e serviços, que, por sua vez, trouxeram novos investimentos e, consequentemente, nítido crescimento para o interior do estado.
A arrecadação de ICMS mais que dobrou nessas cidades, e estimularam a criação de quase 100 mil novos empregos. Só em Queimados, na Baixada Fluminense, por exemplo, essa política levou à criação de mais 6.459 postos de trabalho em seis anos. Com uma zona industrial diversificada, Queimados passou a arrecadar sozinho mais de R$ 127 milhões de ICMS.
Riley Rodrigues apresentou também as “Propostas da Federação das Indústrias do Rio a partir do mapeamento da oferta de infraestrutura dos condomínios industriais”, e reafirmou a necessidade dos incentivos fiscais. Prefeitos e representantes das secretarias de desenvolvimento, indústria e comércio ressaltaram a importância de novos investimentos para as cidades do interior do Rio e manifestaram preocupação com a situação financeira das prefeituras caso o quadro atual não mude.

Pesquisa realizada pela FIRJAN revela que o ambiente de negócios do Rio já está em total desvantagem em comparação aos outros estados. Com problemas em áreas como infraestrutura, segurança pública e potencial de mercado, o Rio de Janeiro já ocupa a 8° posição em competitividade, sendo o pior colocado no Sudeste.
Carlos Erane de Aguiar, presidente da Representação Regional Baixada I, ressaltou que o Sistema FIRJAN tem participado ativamente em defesa das indústrias e continuará agindo pelo desenvolvimento econômico do Rio “Com a falta dos incentivos, as empresas de menor porte vão fechar as portas e as maiores vão demitir ou migrar para outros estados que ofereçam maior competitividade”, disse com base no levantamento da Federação das Indústrias, que aponta que 89,6% preveem demissões e 52,6% encerrarão as atividades no estado. Vicente Loureiro, diretor executivo da Câmara Metropolitana de Integração Governamental, complementou “O Rio precisa de incentivos, mas também de governo”, concluiu.

O Rio precisa de incentivo
A Justiça do Rio revogou, na semana passada, a liminar concedida na Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público (MP), em vigor desde outubro de 2016, que determinava a proibição de concessão, ampliação ou renovação de incentivos fiscais no estado do Rio. Os desembargadores ponderaram que é inegável o efeito positivo dos incentivos ao nosso estado, e que, neste momento inicial do processo, não há elementos técnicos concisos que justifiquem a suspensão da política de incentivos. A decisão passará a valer a partir da data de publicação no Diário Oficial, sem prazo definido.
Trata-se de uma sinalização do reconhecimento da Justiça do Rio sobre a importância na retomada da política de incentivos fiscais para atração e manutenção dos investimentos no estado. Adotada em diversos países e por todos os outros estados brasileiros, a política de incentivos fiscais é vital para a geração de emprego, renda e aumento na arrecadação de ICMS para o governo.
A FIRJAN forneceu dados econômicos, comprovando os benefícios dos incentivos fiscais, no recurso proposto pela Procuradoria-Geral do Estado para cassar a liminar do MP.
Com a revogação da liminar, o Rio de Janeiro retoma a possibilidade de concessão de incentivos através da Assembleia Legislativa. Isso porque, a lei nº 7.495/2016, sancionada em dezembro, impede o Poder Executivo de conceder ou renovar incentivos por dois anos, mas permite a concessão de benefícios para investimentos estratégicos, que resultem em desenvolvimento regional, com geração de emprego e renda para o estado.
Tecnologia de Ponta
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