Páginas

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Seminário debate erradicação do trabalho infantil em Nova Iguaçu

Dayse Marcello salientou que a baixa renda familiar é um dos fatores para o aumento do trabalho infantil
Cristina Quaresma destacou que a Secretaria fará um ato na Via Light para alertar sobre o trabalho infantil

Por:ASCOM Fotos:Charles Souza
Seminário debate erradicação do trabalho infantil em Nova Iguaçu
A  Secretaria de Assistência Social de Nova Iguaçu realizou, nesta quinta-feira (05-06), na casa de Cultura, o seminário Redesenho do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, que teve como um dos objetivos mostrar as mudanças no programa, conforme determinação do Ministério de Desenvolvimento Social.  O último censo realizado pelo IBGE, em 2010, mostrou que 1487 crianças eram exploradas com trabalho infantil.

            Durante seu discurso, a secretária Cristina Quaresma explicou que quando assumiu o cargo, em janeiro de 2013, não encontrou nenhum material referente aos números do censo do IBGE. “Precisamos identificar essas crianças, mas não temos informações sobre esses dados. No dia 11 de junho, às 14h, iremos fazer um ato na Via Light, distribuindo adesivos e folhetos, alertando à população que a sociedade precisa entrar nesta luta contra o trabalho infantil. Temos cinco conselhos tutelares para receber denúncias. A Prefeitura é contra o trabalho infantil, pois criança tem que estar na escola e participar de atividades culturais e esportivas”, concluiu Quaresma, ao lado da subsecretária Cristiane Lamarão.

            A coordenadora do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, Dayse Marcello, enfatizou que não há notícias de que esteja surgindo novos casos de exploração de crianças. Ela ressaltou que quando há algum alerta neste sentido, o Conselho Tutela faz a notificação ao Centro de Referência  Especializado de Assistência Social (Creas), que passa a monitorar a família e insere a criança em atividades educacionais. “Geralmente, não é regra, mas a criança vai trabalhar na rua porque a renda familiar é baixa. Além disso, convivemos com uma cultura primitiva que  adota  a idéia de que não há nenhum problema se a criança for explorada e obrigada a trabalhar. Isso tem que mudar e está mudando”, finalizou a coordenadora.

            Durante o evento, alunos da escola municipal Walfredo Lessa fizeram uma apresentação de dança. Foram debatidos ainda temas como a forma do trabalho infantil e seus territórios de incidência em Nova Iguaçu.

Participaram também do seminário Nair Rabello, que representou a subsecretária dos Conselhos Municipais, Cristina Penna; Magali Bissoni (representando a secretária de Educação Maria Aparecida Rosestolato); o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança da Criança e do Adolescente e Superintendente de Assistência Social, Thiago Pereira, o vereador Carlos Ferreira (Ferreirinha) e representantes da sociedade civil organizada.

Nenhum comentário: