Navegação no Iguassú
Suscitou interrogações, de parte dos leitores, o que falei neste jornal sobre as imensas possibilidades de se usar os rios como via de transporte. Citei como exemplo o Rio Iguassú que no século XIX foi navegável. Uns entenderam na íntegra, outros nem tanto. Alguns ousaram, inclusive, me passar ‘atestado de burro’! Dentre os que se atreveram me passar o ‘status‘ de quadrúpede houve um que afirmava ser impossível torná-lo navegável no presente momento, dado ao baixo nível de sua água. A esse respondo: ‘Ledo engano, meu caro desinformado contestador!’(comigo é assim, digo na ‘lata’!).
Já falei aqui, em edição anterior, que no século XIX o engenheiro Conrad Niemayer lidou com o mesmo problema. Resolveu-o ao juntar as águas do Rio Utum, com as do Rio Iguassú fazendo, assim, volume suficiente para receber navios de considerável ‘calado’, em seu leito. Então, ilustre cavalheiro (viu! Me contestou, mas ainda assim trato com educação), tomando por base o Rio Iguassú vou lhe mostrar uma espécie de receita de ‘bolo’, um pouco diferente da usada por Conrad no passado, na expectativa que o Governo do Estado vislumbre às amplas possibilidades de tornar exequível a ideia, que com certeza garantirá a ele próprio, Governo, grande prestígio:
1º) Afundar um mínimo de 3 metros todo o leito do Rio da entrada da Bahia de Guanabara ao último porto a ser construído;
2º) Alargar um mínimo de mais 10 metros o Rio;
3º) Usar mesmo processo acima, com os afluentes que derem acesso a bairros;
4) Adquirir embarcações na Europa, para cerca de 100 passageiros, com fundo chato. Essas embarcações não entrarão na Bahia;
5) Construir, no limite entre a Baía de Guanabara e o Rio Iguassú, barreira com ‘comportas’ para manter o nível das águas no patamar necessário. Construir (agregada às comportas) uma estação de barcos (tipo a da Praça XV);
6) O serviço a ser prestado pelos barcos de fundo chato seria pegar passageiros nos bairros e levar até a estação de conexão entre o rio e a baía;
7) A viagem pela baía seria feito pelas mesmas embarcações que fazem o transcurso ente Rio e Niterói.
Para ciência dos que possam achar caro às obras desse processo posso garantir que se trataria de uma ‘bagatela’ para o governo do Estado. Muito mais barato que construir estradas para aliviar o trânsito para os mesmos destinos. Assim teríamos, a curto prazo condução rápida, pela Via Rio Iguassú, para: Caxias, Praça XV, Niterói, Paquetá e outras...
No caso de Nova Iguaçu, a empresa de ônibus Vera Cruz ganharia mais função em sua linha que passa próximo ao referido Rio. No mínimo teria que aumentar, consideravelmente, seu número de ônibus tendo como importante o uso pelos passageiros do Bilhete Único!
Muitos outras cidades do estado poderiam ser beneficiadas ao se utilizar do mesmo sistema de uso dos rios, para ‘transporte de massa’.
Mais tarde seria aconselhável cimentar o fundo e as bordas dos rios, para facilitar o trabalho de dragagem que passaria ser de aspiração!
Então inocente entendeu ou quer que desenhe....
Nota do autor:
'Gostaria muito que o Deputado Luiz Martins, que é meu leitor assíduo, após ler a presente matéria, encabeçasse uma campanha pró- transporte fluvial na orla da baía de Guanabara. Luiz Martins é considerado pelo órgão responsável pela avaliação dos parlamentares, como um dos mais atuantes na ALERJ, e, dessa forma vem se destacando no apoio às prefeituras da Baixada Fluminense!'
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