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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Água de Nova Iguaçu jorra nas torneiras do Rio, enquanto...

Aqui no extinto arraial de Santana das Palmeiras - Nova Iguaçu - mil e duzentos metros de altitude, ao contrário do Rio, a 'Cidade' deu lugar à mata, permitindo que o Alto Tinguá, até hoje, seja um imenso pólo captador de água que ajuda a abastecer toda a Região Metropolitana do Rio. Como vemos sobrou apenas as ruínas da igreja de Nsª Senhora de Santana das Palmeiras. Nosso repórter esteve lá. 





















Ao contrário de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro as glebas de floresta foram substituídas por barracos e viraram favelas, que 'bebem' de nossa água...

























Por: Wandemberg

Não se trata de querer interditar  o fluxo de água que segue pelas tubulações da  ‘Linha Preta’ para a Cidade Maravilhosa (com quem o povo iguaçuano tanto se identifica), isso nem passa pela cabeça de ninguém em Nova Iguaçu, até por que, não há necessidade,  ainda temos muita água. O que se espera é que providências a curto prazo sejam tomadas  no sentido de que bairros iguaçuanos que sofrem com a ausência do precioso líquido tenham água em suas bicas. Essa é , inclusive, uma das lutas que o Prefeito Nelson Bornier demonstra estar empenhado, juntamente com o governo do Estado.
Agora,  para a segurança das gerações do futuro creio, que é chegada a hora de se tomar providências como replantar a mata nativa, e, os locais  mais indicados seriam os morros onde existem as famosas favelas.
    
          O Rio bebe água de Nova Iguaçu

Toda a região Metropolitana do Rio de Janeiro se vale de Nova Iguaçu para obter o bem de consumo mais precioso. Não fosse a água do Guandu (maior estação de tratamento do mundo), de Rio D’Ouro e Tinguá, e, a Cidade Maravilhosa estaria sofrendo como sofrem, por sinal, muitas comunidades iguaçuanas que não se dão ao desfrute de ter em suas torneiras a água que jorra, abundantemente, das serranias de seu território.Tal dependência do Rio de Janeiro para com nosso município se dá pelo fato dos cariocas no século XIX / XX verem suas principais fontes secarem, após a derrubada de importantes glebas de suas florestas de mata nativa da Tijuca, para plantar café.

Em outros espaços elevados aconteceram coisas piores, já no final do século XIX, quando substituíram florestas por barracos, em locais impróprios para moradias, e, apropriados, isso sim, para captar e acumular água. Com seu espaço furtado a mata nativa desapareceu, dando lugar às favelas.

Cada dia que passa, a medida que a derrubada de florestas ameaça o extermínio da população do planeta, as pessoas de bom senso se convencem, cada vez mais, da necessidade em recuperar as matas nativas. Para esses, em muitas favelas dos morros cariocas, ao invés de barracos, deveriam existir - árvores: Murici, Mamão Jacatiá, Abil Roxo, e, outras frutíferas apreciadas por grande parte dos animais da fauna da mata Atlântica. Ao invés de UPP (Unidade de Polícia Pacificadoras) deveriam existir  UPAs (Unidade de Proteção Ambiental). Ao invés de vielas e Favela Bairro, trilhas, fontes, (...!).  

Em Petrópolis um prefeito inadvertido construiu há tempos atrás, num outeiro repleto de Mata Atlântica e pouquíssimo populoso, uma belíssima escola, onde invasores começavam a construir barracos em meio a floresta. Nesse caso escola só pode ser considerada acinte à educação, à natureza e à vida, posto que servirá  cada vez mais para atrair moradores para um local impróprio, e incentivar a destruição da floresta. 
Ainda existem muitas terras impolutas nas Baixadas, sob a égide da especulação imobiliária, que deveriam ser desapropriadas a preço venal para, em seus lugares, edificarem-se cidades com  estrutura melhor que as verificadas nas favelas, com escolas  hospitais e toda sorte de necessidade básica, para fazer descer essa gente que mora lá por cima, e, na área abandonada, o mais rapidamente possível, dar início ao replantio da mata nativa.

Não dá mais para aceitar as notícias que dão conta  de quaisquer índices de desmatamento. É chegada a hora de reverter-se a situação incrementando-se, a princípio, índice zero de desmatamento e ato contínuo buscar-se índices positivos de reflorestamento. Ou seja, uma reversão radical no quadro que nos informa que o planeta está acabando!  
O que os cidadãos conscientes querem saber é notícia tipo: “O índice de reflorestamento, este trimestre, cresceu 5% em relação do mesmo trimestre do ano que passou!”, e, não: “O índice de desmatamento, este trimestre,cresceu 5% em relação ao mesmo trimestre do ano que passou!”. Pena que seja apenas mera suposição! 
Imagina se nossos antepassados Iguaçuanos que viveram por aqui nos séculos XIX e início do século XX tivessem incorridos no mesmo erro e desmatado o Alto Tinguá como fizeram com a floresta da Tijuca eoutras... O que seria, hoje,  de nós e do nosso ilustre dependente em H2O?

Felizmente, aqui em Nova Iguaçu ocorreu o contrário. As fazendas de café no alto Tinguá encerraram suas atividades e foram vendidas a preço simbólico e até doadas para a Província do Rio de Janeiro, exatamente para que o Rio de Janeiro tivesse água. Esse paradoxo, com certeza, nos desviou definitivamente, da rota da seca. Graças á Deus! 



As favelas do Rio teriam alguma coisa a ver com a água que vai de Nova Iguaçu pro Rio?

As Favelas do Rio segundo a Wikipédia a Enciclopédia livre
Em meados do século XIX, transformações sociais desencadeadas por fenômenos como a decadência da produção cafeeira no Vale do Paraíba, a abolição da escravidão e o início desenvolvimento do processo industrial no país, trouxeram muitos ex-escravos e europeus, especialmente portugueses, para a então capital do Brasil. O grande crescimento demográfico da cidade inchou sua área central, que tradicionalmente concentrava vários cortiços. O então prefeito da cidade, Cândido Barata Ribeiro, iniciou a perseguição a esse tipo de moradia, o que culminou, em 1893, na demolição do cortiço "Cabeça de Porco". Todo o processo de despejo desalojou cerca de 2 mil pessoas e um grupo de ex-moradores do cortiço conseguiu permissão para construir suas casas no Morro da Providência. Outro grupo de soldados que lutaram contra a Revolta da Armada recebeu permissão para construir moradias sobre o Morro de Santo Antônio, dando início aos primeiros aglomerados que mais tarde seriam chamados de "favelas".
Em 1897, cerca de 20 mil soldados que haviam retornado ao Rio de Janeiro após a Guerra de Canudos, na província oriental da Bahia, começaram a morar no já habitado Morro da Providência. Durante o conflito, a tropa governista havia se alojado na região próxima a um morro chamado "Favela", o nome de uma planta resistente da família Euphorbiaceae, que causava irritação quando entrava em contato com a pele humana e que era comum na região. A planta era da espécie Cnidoscolus quercifolius, chamada de árvore "faveleira". Por ter abrigado pessoas que haviam lutado naquele conflito, o Morro da Providência recebeu o apelido de "Morro da Favela". O nome tornou-se popular e, a partir da década de 1920, os morros cobertos por barracos e casebres passaram a ser chamados de favelas.
No início do século XX, essas construções irregulares recém-formadas, assim como os antigos cortiços, eram vistas pela maior parte da população carioca como o lar da criminalidade e de doenças. No entanto, como a capital da República do Brasil, que tinha sido recentemente proclamada, o Rio de Janeiro precisava passar por reformas para se tornar uma cidade mais europeia e moderna para os padrões da época. Foi então que o prefeito Francisco Pereira Passos passou a realizar amplas reformulações urbanas no centro da cidade, o que incluía a ampliação e a abertura de novas vias, como a Avenida Central. Durante as reformas, vários cortiços foram demolidos e seus moradores obrigados a procurar outras formas de viver no cada vez mais valorizado centro, entre as quais estavam ocupar os morros próximos, o que forçou uma forte expansão das favelas no período. No entanto, os moradores desses assentamentos só passariam a ser reconhecidos pela sociedade e pelo poder público a partir dos anos 1920.
Desde então, começando na era do Estado Novo, sob o governo de Getúlio Vargas, passando pelo governo de Carlos Lacerda na Guanabara, até o Regime Militar nos anos 1960, vários programas de remoção e eliminação de favelas despejaram e desalojaram milhares de pessoas e destruíram vários barracos, sem obter qualquer sucesso na resolução do problema. Estima-se que no período compreendido entre os anos de 1962 e 1974, 80 favelas foram envolvidas nesses programas, resultando em 26.193 barracos destruídos e 139.218 habitantes removidos. No período da ditadura militar, alguns líderes das comunidades de favelas chegaram a ser torturados e mortos.
No final dos anos 1970 e início dos anos 1980, o inchaço populacional, a ausência do Estado e a consequente falta de políticas públicas, tornaram as favelas os principais centros do narcotráfico no Rio de Janeiro, o que tornou essas áreas ainda mais violentas. Foi apenas na década de 1990, quando esses assentamentos já estavam consolidados e as suas populações já eram enormes, que o governo municipal passou a buscar maneiras de urbanizar as favelas da cidade, ao invés de simplesmente derrubá-las. Nesse período, programas como o Favela-Bairro começaram a trazer algum tipo de infraestrutura à essas áreas, como água encanada, saneamento básico, coleta de lixo, iluminação pública, etc. Em 2008, a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro passou a implantar o projeto da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), que consiste em implantar unidades policiais comunitárias em favelas dominadas pelo tráfico de drogas, retomando o controle do território para o Estado. Atualmente, o projeto beneficia cerca de 280 mil pessoas na cidade.

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