Por: ASCOM/Fotos de Thiago Loureiro
Cena comum na cidade, carros e carcaças abandonados por semanas, meses e anos nas ruas de Nova Iguaçu já estão com os dias contados. A Secretaria de Defesa Civil e Ordem Pública começou a colocar em prática, nesta segunda-feira (17), o Artigo 80 da lei 2.112/91, que rege o Código de Postura. A legislação municipal pune com multa de até 30 Ufenig (R$ 1.233), além de taxas e reboque, o proprietário de veículo que esteja obstruindo passeio ou qualquer tipo de logradouro público.
O choque de ordem, denominado “Operação Carcaça” mobilizou, numa primeira ação, cerca de 30 agentes e cinco reboques ao longo da Avenida Abílio Augusto Távora, antiga Estrada de Madureira, no trecho entre o Posto Madureira 1 e o bairro de Cabuçu. As blitzem, que serão diárias e sistemáticas, chegarão em breve ao km 32 e nos demais bairros da cidade.
Até o final do dia, a Defesa Civil havia notificado cerca de 50 proprietários de veículos, que receberam adesivos no parabrisa de “obstrução do solo público”. A maioria dos carros e carcaças rebocados estava estacionada em calçadas e acostamento, alguma deles cobertos por mato, próximos a oficinas mecânicas e de lanternagem.
Somente em frente a uma oficina de lantenagem, localizado no número 3225 da Avenida Abílio Augusto Távora, foram notificados seis fuscas, dois Monzas e uma Mercedes Classe A, todos depenados. “Essa situação não pode continuar. A determinação do prefeito é colocar postura e ordem na casa. Nova Iguaçu já é uma grande metrópole e, por conta disso tem que ser vista como tal, nada de bagunça, bandalha ou desrespeito à ordem pública”, advertiu o secretário municipal de Defesa Civil e Ordem Pública, Luiz Antunes, que comandou a operação.
Esconderijo para criminosos - Flagrado pelos agentes, um dos proprietários, que se identificou como Sebastião Carlos Silva, disse que havia deixado as carcaças do Gol e do Voyage, ano 83, estacionados em frente a uma oficina, há cerca de quatro meses. “Eu estava vendendo as peças”, admitiu, enquanto assinava o auto de notificação.
Para Antunes, além obstruírem calçadas e levar risco aos motoristas que circulam pela rodovia estadual, os veículos abandonados também podem servir de esconderijos de criminosos, recipientes para acúmulo de água e proliferação de mosquito da dengue, entre outros fatores que colocam em risco a saúde pública.
Antunes explicou que, caso não seja retirado no prazo de 24 horas, estipulado na notificação, o veículo será considerado como abandonado. “Apartir daí, a gente reboca o carro para o depósito municipal. Os custos desta remoção serão encaminhados aos donos, com diárias, taxas e multas”, deixou claro, advertindo aos donos de oficinas mecânicas que mantenham os veículos sob sua responsabilidade em local adequado, jamais na calçada ou outro logradouro público qualquer.
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