No lixo hospitalar havia seringas, remédios e até prontuários de pacientes atendidos em UPAs do município do Rio |
Perita da Polícia Civil examina lixo hospitalar despejado na Estrada do Tabuleiro, em Xerém
Por: ASCOM/PMNI Foto: Thiago Loureiro
A Empresa de Limpeza Urbana de Nova Iguaçu (Emlurb) recolheu, nesta quinta-feira (27-06), na Estrada do Tabuleiro, em Xerém, Duque de Caxias, sacos e caixas com lixo hospitalar despejado no local por uma empresa do município do Rio de Janeiro. De acordo com informações, o material é oriundo de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de cinco bairros do Rio de Janeiro.
O secretário de Defesa Civil e Ordem Pública, Luiz Antunes, destacou que mesmo a área pertencendo a Duque de Caxias, a Prefeitura de Nova Iguaçu tomou todas as providências para proteger a área, que fica em torno da Reserva Biológica de Tinguá. “Logo que soube da informação tratei de registrar a queixa na delegacia da Posse e avisar à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), que fez a perícia do local e constatou o crime”, destacou o secretário, acrescentando que o material recolhido dava para encher dois caminhões.
Os sacos de lixo e as caixas continham centenas de seringas usadas, vidros de soro, prontuários de pacientes e diversos medicamentos, incluindo anticoncepcionais. As guias rasgadas indicavam que o material despejado na Estrada do tabuleiro veio das UPAs da Rocinha, Ilha do Governador, Cidade Nova, Irajá, Engenho Novo, além do Hospital Municipal Ronaldo Gazzolla (Acari). “O Inea (Instituto Estadual do Ambiente) já detectou que o lixo hospitalar pertence à empresa Coleta Resíduos, que fica ma Zona Norte do Rio. Mesmo não estando no território de Nova Iguaçu, o prefeito Nelson Bornier determinou que déssemos todo o apoio para a retirada do lixo. Quem fez este despejo cometeu um grande crime contra a natureza”, argumentou Luiz Antunes.
O secretário de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente, Giovanni Guidone, frisou que o lixo foi removido para a Central de Tratamento de Resíduos (aterro sanitário) para a descontaminação e a destinação final do material. “O lixo está no território de Duque de Caxias, mas a questão aqui é defender o meio ambiente e proteger a população”, resumiu Guidone.
Técnico ambiental do Instituto Chico Mendes de biodiversidade (órgão do Governo Federal), Márcio Castro, 60 anos, ficou surpreso com a atitude da Prefeitura de Nova Iguaçu, que solucionou o problema, mesmo não estando na sua área de competência. “A natureza agradece, pois a Prefeitura de Duque de Caxias não se movimentou para retirar o lixo hospitalar, que poderia contaminar os rios da região, além de prejudicar os moradores”, concluiu.
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