Ney Alberto "In Memorian"
CENTO E SESSENTA ALDEIAS INCENDIADAS
Na sanguinolenta ‘obra’ ‘Digestis Mendi de Saa’, de autoria do jesuíta Joseph de Anchieta – na qual bajula Men de Sá, terceiro Governador Geral – encontramos narrativas horripilantes: “Pelo solo corre negro sangue, as matas encharcam de muita sangueira”. Exaltando o comandante da chacina; “Quem poderá contar os gestos heróicos do chefe à frente dos soldados, na imensa mata; cento e sessenta aldeias incendiadas, mil casas arruinadas pela chama devoradora, assolados os campos, com suas riquezas, passado tudo ao fio da espada”.
Na sanguinolenta ‘obra’ ‘Digestis Mendi de Saa’, de autoria do jesuíta Joseph de Anchieta – na qual bajula Men de Sá, terceiro Governador Geral – encontramos narrativas horripilantes: “Pelo solo corre negro sangue, as matas encharcam de muita sangueira”. Exaltando o comandante da chacina; “Quem poderá contar os gestos heróicos do chefe à frente dos soldados, na imensa mata; cento e sessenta aldeias incendiadas, mil casas arruinadas pela chama devoradora, assolados os campos, com suas riquezas, passado tudo ao fio da espada”.
O Tupinambá – Tamoio praticava a agricultura, tarefa sob a responsabilidade das mulheres. Os homens por tradição, principal, a guerra.
Anchieta se alegra, ao tomar conhecimento da matança: “Já há quinze dias, a estrela da manhã, ressurgindo do fundo do oceano à frente do carro do sol resplandecente, contemplava nosso exército a percorrer densas matas, incendiar casas, talar campos, matar inimigos”. “Era tempo de voltar aos lares, rever as igrejas, casas de Deus, levando em triunfo o pendão da vitória”.
Anchieta se alegra, ao tomar conhecimento da matança: “Já há quinze dias, a estrela da manhã, ressurgindo do fundo do oceano à frente do carro do sol resplandecente, contemplava nosso exército a percorrer densas matas, incendiar casas, talar campos, matar inimigos”. “Era tempo de voltar aos lares, rever as igrejas, casas de Deus, levando em triunfo o pendão da vitória”.
No “teatrinho”, colonialista (“Auto de São Lourenço”), encenado por crianças descendente do pessoal do índio Araribóia, inimigo do Tupinambá, Anchieta – com seu radicalismo – rotula o território (da Baixada) assim: “nação dos derrotados”. Situa nossa Baixada no “fundo do rio” (Rio de Janeiro ou Baía de Guanabara).
O pesquisador - Francisco Manoel Brandão (Dr. Brandão), profundo conhecedor da nossa geo-história, principalmente, do nosso Folk-lore, comentando a respeito dos “derrotados”, argumentou, assim: “O povo que não se submete à escravidão pertence a nação dos vitoriosos”.
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