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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Tempo de viagens casa-trabalho-casa gera prejuízo de R$ 24,3 bi na Região Metropolitana do Rio

Por: Joana Mineiro
Tempo de viagens casa-trabalho-casa gera prejuízo de R$ 24,3 bi na Região Metropolitana do Rio
 Estudo do Sistema FIRJAN aponta que três milhões de pessoas gastam, em média, 2h21 no trajeto de ida e volta para o trabalho
 O tempo perdido pelos trabalhadores da Região Metropolitana do Rio de Janeiro no trajeto casa-trabalho-casa gera um prejuízo de R$ 24,3 bilhões. De acordo com estudo divulgado nesta quarta-feira, dia 31, pelo Sistema FIRJAN, esse é o custo dos deslocamentos de três milhões de moradores que levam mais de 30 minutos no trajeto de ida e volta para o trabalho, a chamada produção sacrificada. Em média, cada um gasta 2 horas e 21 minutos por dia (2h21).
 O estudo, que analisou dezenove cidades com base em dados de 2013 – últimos disponíveis, mostra o que deixa de ser produzido devido aos mais de 30 minutos perdidos nesses deslocamentos. O município do Rio de Janeiro responde por 68,3% do custo total da Região Metropolitana. Na cidade, deixam de ser produzidos mais de R$ 16 bilhões, principalmente pela concentração de 53,1% dos trabalhadores que levam mais de 30 minutos nos deslocamentos e por ter o maior PIB per capita. São gastas, em média, 2h14 no trajeto de ida e volta para o trabalho.
 Japeri é a cidade que registra o maior tempo médio de deslocamento (3h06) e o maior impacto sobre o próprio PIB (9,8%). Queimados ocupa a segunda posição, com o tempo médio de 2h54 e o impacto de 8,4% sobre o PIB. Não foram analisados os municípios de Cachoeiras de Macacu e Rio Bonito, que somente em dezembro de 2013 passaram a integrar a Região Metropolitana.
 De acordo com o Sistema FIRJAN,  somente as obras de mobilidade urbana realizadas recentemente na cidade do Rio de Janeiro não podem sanar o prejuízo causado pelo tempo de deslocamento dos trabalhadores. Para a Federação das Indústrias, melhorias no sistema de transporte são importantes, mas devem ser acompanhadas de um processo de reordenamento territorial.
 No estudo, o Sistema FIRJAN ressalta que um dos principais problemas é a ausência de um planejamento urbano adequado, que resulta em forte desequilíbrio na distribuição de funções urbanas. Uma das questões destacadas é a falta de infraestrutura para a atração de empresas e a oferta de postos de trabalho. Isso faz com que uma parcela expressiva da população tenha que fazer longos e demorados deslocamentos para a realização de atividades, causando impacto negativo na economia.
 O estudo do Sistema FIRJAN pode ser acessado através deste link: http://migre.me/uQCTY.

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