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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Hospital Geral de Nova Iguaçu realiza cirurgia para captação de órgãos para transplante

 Médicos do Programa Estadual de Transplantes (PET) levam os órgãos de Jhonatam Palmeira. Foram doados rins e fígado.
Por: Fernanda Rodrigues
Hospital Geral de Nova Iguaçu realiza cirurgia para captação de órgãos para transplante
O Hospital Geral de Nova Iguaçu (Hospital da Posse/HGNI) realizou na noite desta quinta-feira (28/08) a segunda cirurgia de captação de órgãos para transplante este ano. Foram os captados os rins e fígado do paciente Jhonatan Palmeira Ribeiro da Silva, de 22 anos, que teve morte encefálica. Ele estava internado na unidade com traumatismo craniano desde o dia 25/08, após sofrer um acidente de carro em Belford Roxo.

A cirurgia, que durou cerca de cinco horas, foi realizada pelas equipes médicas da unidade e pelos médicos do Rio Transplantes, ligado ao Programa Estadual de Transplantes (PET). Após o procedimento, os órgãos foram levados para Central de Transplantes e serão transplantados em três pacientes.

           Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, a fila de pacientes que esperam por transplantes atualmente é de 900 pessoas. A chefe do Serviço Social do HGNI, Regina Hugo, ressalta que a maior dificuldade para diminuir essa fila está na recusa da família.

“A morte encefálica é a paralisação de todos os comandos do cérebro, ela é irreversível. A falta de informação sobre o que realmente isso significa, em muitos casos, faz com que a família não aceite a doação dos órgãos por acreditar que o ente querido ainda está vivo. Na verdade, o paciente naquele momento está sendo mantido apenas por conta dos aparelhos até a decisão da família em doar ou não. Após a confirmação da morte encefálica, a família precisa decidir em um prazo de 24hs”, afirma Regina.

Atualmente, a legislação brasileira sobre doação de órgãos não exige mais o registro em documento de identidade ou algum tipo de carteirinha declarando que a pessoa seja doadora. Basta o doador expressar em vida aos familiares o desejo em doar.

De acordo com o PET, este ano foram feitas 225 doações que resultaram em 587 transplantes – número quatro vezes maior do em 2008, quando ocrreram 48 doações que possibilitaram 237 transplantes. O diretor do Hospital da Posse, Joé Sestello, explica que a precisão no diagnóstico e rapidez no transporte dos órgãos até o receptor são fundamentais para o sucesso do transplante.

“Após a constatação da morte encefálica de um paciente e a autorização dos familiares na doação dos órgãos, cabe à unidade hospitalar acionar o Centro Estadual de Transplantes para iniciar o quanto antes todo processo. Quando mais rápido ele for realizado, maiores serão as chances de o transplante ser bem sucedido. Um único paciente pode ajudar a salvar diversas vidas, com doações de córneas, coração, fígado, rim, osso, entre outros órgãos”, ressalta.

A Central de Transplantes disponibiliza o telefone 155 para orientações e esclarecimentos de dúvidas sobre doação de órgãos. A ligação é gratuita.

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