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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

CISBAF AVANÇA NA DISCUSSÃO DA REDE DE CARDIOLOGIA NA BAIXADA

Claudia Souza
CISBAF AVANÇA NA DISCUSSÃO DA REDE DE CARDIOLOGIA NA BAIXADA
Elaborar um projeto regional para a construção de uma rede de atenção cardiovascular com a chancela do Instituto Nacional de Cardiologia, estruturar salas de telemedicina em pólos estratégicos na Baixada e implantar um software de última geração para maior apoio ao diagnóstico nos casos mais graves. Estas foram as principais decisões tomadas na 3ª reunião de Câmara Técnica de Cardiologia do Cisbaf, ocorrida na manhã desta quarta-feira (04), na sede do consórcio. O objetivo das ações é construir na região uma rede de atenção cardiovascular com a parceria do Instituto Nacional de Cardiologia.

Uma das novidades será a instalação de um software de última geração no Hospital Municipal Moacyr do Carmo (Duque de Caxias), no Centro de Tratamento de Hipertensão e Diabetes (Queimados) e no Núcleo Regional de Telessaúde (Cisbaf). A tecnologia, desenvolvida por médicos do INC foi financiada com recursos do Finep, e possibilita o cadastro de informações, laudos e exames no sistema que funciona online. Com os dados reunidos em uma única ferramenta, o especialista do INC poderá emitir um parecer médico em casos mais graves e de difícil diagnóstico. Para montar a estrutura necessária, os parceiros receberão um laptop, uma multifuncional e uma webcam – equipamentos modernos também financiados pelo Finep.  
Planilha de serviços é apresentada
No início da reunião, a secretária executiva do Cisbaf, Rosângela Bello, fez um breve resumo do histórico do projeto do Hospital de Queimados que resultou na construção do Cethid, fruto de uma parceria entre o Cisbaf e o governo federal. A assessora técnica do Cisbaf, Marcia Cristina Ribeiro, apresentou a planilha diagnóstica com os dados dos municípios sobre oferta de serviços na especialidade.

Para avançar na implantação do projeto, a Baixada precisará enfrentar alguns desafios, como a pequena oferta de exames (ecocardiograma, teste de esforço e cintilografia, por exemplo), a baixa oferta de atenção especializada, a baixa qualificação da mão de obra na atenção básica, a ausência de protocolos com fluxos de atendimento na especialidade e a fragilidade da regulação e da informatização das unidades de saúde.

Uma das propostas apresentadas pelo assessor técnico do INC, Jorge Jardineiro, é capacitar os profissionais que atuam na atenção básica, porta de entrada do sistema de saúde público, para que possam tornar o atendimento mais resolutivo, evitando a superlotação das emergências e o agravamento das doenças. Segundo o assessor, não adianta montar boas estruturas físicas bem equipadas e não ter recursos humanos treinados. “A construção da rede envolve também a elaboração de protocolos, processos e capacitação dos profissionais”, destaca.

O próximo passo será o fechamento do levantamento dos dados de oferta de serviços e déficits dos municípios para que o projeto regional de construção da rede na Baixada comece a ser efetivamente desenhado.   


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