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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Mistério no Sítio 2

Trem na Estação - Rio D'Ouro nos anos 50
Série: De certa feita...
Por: Wandemberg
Mistério no Sítio 2
Em edição passada, não me lembro de quando (mês ou ano) narrei um dentre os estranhos acontecimentos verificados naquele sítio, lá pras bandas de Rio D’Ouro, local em que Namiro, no final dos anos (40), foi morar com a família, logo, assim, que chegou ao Rio de Janeiro vindo de Minas Gerais. Desta feita narrarei um outro acontecimento intrigante que, até hoje, faz arrepiar os pelos do antebraço do homem, toda vez que tem lembrança do ocorrido.

Há época Namiro tinha apenas 11 anos de idade, e, assim sendo, não apresentava condição de ter a mínima idéia ou opinião formada a respeito do que estava acontecendo diante de seus olhos, tão incrédulos quanto apavorados. Há de se ressaltar as dificuldades de acesso às informações naqueles tempos, se levássemos em conta a distância daquele "Fim de Mundo", em relação à cidade(diga-se civilização) mais próxima. Os meios de comunicação ainda estavam embrionários e somente nas grandes cidades tinha-se acesso às notícias. Hoje, com mais de setenta anos, quando grande parte das empresas de mídia falam sobre Ovnis, outras dimensões, contatos imediatos, portais e abdução, ele admite que as respostas para aqueles fenômenos possam estar ligadas a um destes itens.

De Certa Feita...nos conta Namiro
- Desde que nos mudamos para o sítio, após as 13 horas de sábados e aos domingos tínhamos direito à folga. Nesses momentos, invariavelmente, eu e meu irmão íamos para Rio D’Ouro que distava cerca de uma hora e vinte minutos à “pé”. Lá, tínhamos um mínimo de lazer que compreendia, principalmente, em: jogar futebol e nadar num rio de água tão cristalina que dava até para ver os peixes ao fundo. No fim da tarde fazíamos o percurso de volta pelos caminhos, sinuosos e desertos da região, rodeados de morros, pastos, plantações e muitas matas 'fechadas'. 

Naquela feita havíamos nos distraído e nos passou despercebido a mudança do tempo. A escuridão da noite se antecipara, apagando, com sua névoa, a luz da lua minguante em pleno inverno. Infelizmente aquela noite atípica vinha mostrar um aspecto bem diferente das noites enluaradas, quando o céu era incrustado por incontável número de estrelas, que mais pareciam diamantes de brilho intenso, tendo como fundo extensa colcha de veludo, de profundo azul, estendida até o infinito. 

Tragados pela escuridão andávamos cada vez a passos mais rápidos e com os sentidos atentos ao ‘som’ do silêncio que só encontrava contraste no trilar dos grilos, no coaxar dos sapos e nas breves intervenções de uma ou outra coruja agourenta que pareciam premeditar algo de fantasmagórico prestes a acontecer. Mais à frente entre uma topada e outra enveredamos por um atalho que, embora fosse mais acidentado, nos permitia ganhar uns 20 ou 30 minutos. 

Finalmente, após mais de uma hora de caminhada avistamos a porteira do sítio. Movidos pelo instinto de guardar à propriedade, os cães vieram nos receber aos latidos de agressão que, logo, se transformaram em ‘festa’ na busca pelo afago. Meu irmão abriu uma das bandas da porteira e entramos. Segundos depois, ele mesmo se incumbiu de fechar o largo portal. Da entrada, apesar da falta de claridade, dava para avistar a branca casa caiada de cal. Foi aí que o pavor tomou conta de ambos. Mal entramos no sítio, pouco mais de 10 metros há dentro, um círculo de luz vindo do alto iluminou um espaço compreendido por um diâmetro de cerca de 150 metros. Não parecia uma luz artificial. Era como se fosse a luz do dia. Tudo muito visível. As laranjas maduras dos pés existentes em uma das laterais do terreno se distinguiam perfeitamente das verdes. Aparentemente aquele fenômeno inexplicável durou 3 ou 4 segundos, findo os quais saímos correndo desesperadamente até conseguirmos entrar na casa e fazer o velho pegar a velha espingarda “12”, para enfrentar o inesplicável.

Nota: Essa e outras matérias estarão no jornal On Line (semanal) que irá para a internet, amanhã! Se você for amigo no Face Book de Wandemberg Nascimento Camara(editor) receberá o jornal no Face! Outra forma de ler o 1º jornal On Line de Nova Iguaçu é clicando aí em cima onde se lê: Clique aqui para ler nosso jornal!

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