Por:Fernanda Rodrigues
HGNI participa de capacitação para transplantes de órgãos
Curso foi promovido em parceria com o Programa Estadual de Transplantes, do Governo do Estado, a cerca de 150 profissionais de saúde que atuam no HGNI
Em 2013 o número de doações no Estado do Rio de Janeiro bateu recorde. Foram 225 doações, superando a marca do ano anterior (221). Deste total, seis eram de pacientes que tiveram morte encefálica, que estavam internados no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI/Hospital da Posse). Para tentar ampliar ainda mais essa estatística, ampliando o número de transplantes bem sucedidos, profissionais de saúde da unidade participaram de um curso intermediário em doação de órgãos e tecidos para transplante, promovido pelo Programa Estadual de Transplantes (Pet/RJ).
A capacitação aconteceu na semana passada com a participação de 150 profissionais de saúde. O curso é uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu e o Governo do Estado, visando o aperfeiçoamento e qualificação dos profissionais, desde o atendimento na unidade hospitalar até a efetivação do transplante.
Dois especialistas integrantes do Pet/RJ, o médico André Albuquerque e a assistente social Andrea Assis, ministraram palestras abordando assuntos como, Normas e Técnicas para o Diagnóstico de Morte Encefálica; Legislação; Acolhimento aos Familiares, entre outros temas. O secretário municipal de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Júnior, ressaltou a importância da atualização dos profissionais. “É sempre importante em qualquer profissão manter a atualização de técnicas buscando o aprimoramento, entretanto, na área da saúde, isso é fundamental. Somos a maior emergência da Baixada Fluminense. A cada dia diversos tipos de pacientes chegam ao HGNI, alguns extremamente graves. Além da reestruturação física nas unidades de saúde do município, o prefeito Nelson Bornier vem buscando a valorização profissional, almejando salários justos e melhores condições de trabalho”, afirma.
O diretor da unidade, Joé Sestello, explica que a precisão e a rapidez no procedimento e transporte dos órgãos até o receptor são fundamentais para o sucesso do transplante. “Após a constatação da morte encefálica de um paciente e a autorização dos familiares na doação dos órgãos, cabe à unidade hospitalar a agilidade em acionar o Centro Estadual de Transplantes para iniciar o quanto antes todo processo. Quando mais rápido ele for realizado, maiores serão as chances de o transplante ser bem sucedido. Um único paciente pode ajudar a salvar diversas vidas, com doações de córneas, coração, fígado, rim, osso, entre outros órgãos”, ressalta.
Atualmente, a legislação brasileira sobre doação de órgãos não exige mais o registro em documento de identidade ou algum tipo de carteirinha declarando que a pessoa seja doadora. Segundo André Albuquerque, basta o doador expressar em vida aos familiares o desejo em doar seus órgãos. “Uma das maiores dificuldades em realizar transplantes é a rejeição da família em acreditar que quando o cérebro para de funcionar, a morte é constatada. Outro fator que impossibilita aumentar o número de transplantes é a família não permitir a doação, acreditando que essa não seja a vontade do doador. Por isso, quanto mais pessoas do ciclo familiar souberem, melhor”, garante.
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Fernanda Rodrigues
Assessoria de Imprensa
(21) 7225-6211
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