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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Sorteio do 'Minha Casa, Minha Vida' deve levar 20 mil candidatos à Vila Olímpica de Nova Iguaçu

                         
 O prefeito Nelson Bornier vai sortear os novos mutuários da casa própria em Nova Iguaçu
As obras da Minha Casa , Minha Vida em Jardim Guandu já estão bastante adiantadas
O camelo Cristiano com a esposa Andiara, ao lado da Secretária de Assistência Social Cristina Quaresma


Por:ASCOMFotos de Charles de Souza
Sorteio do 'Minha Casa, Minha Vida' deve levar 20 mil candidatos à Vila Olímpica de Nova Iguaçu
 O prefeito Nelson Bornier participa, dias 22 e 23, na Vila Olímpica, na Rua Governador Portela, ao lado do Colégio Municipal Monteiro Lobato, dos dois primeiros sorteios do programa Minha Casa Minha Vida, que tem a parceria do Governo Federal. Trata-se do maior projeto habitacional, jamais visto ao longo dos 180 anos de existência da cidade de Nova Iguaçu.

A estimativa é que pelo menos 10 mil famílias, o equivalente a 40 mil pessoas, com renda de até três salários mínimos, comecem a ser contempladas, já a partir de janeiro de 2015, com a conquista do sonho da casa própria.

         O governo municipal já tem inscritos 20 mil candidatos. O pré-cadastro continua a ser realizado até o fim de outubro na sede da Secretaria Municipal de Assistência Social, na Rua Luiz Guimarães, no Centro, e também nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) espalhados pelos bairros da cidade.

Na avaliação do prefeito Nelson Bornier, o programa Minha Casa, Minha Vida será uma verdadeira revolução habitacional na cidade. “Trata-se de uma grande evolução na política de habitação do nosso governo. Estamos muito empenhados com essa iniciativa. Até porque, Nova Iguaçu é a cidade que mais recebeu projetos habitacionais nos últimos seis meses, em todo o Estado”, festejou.

Já o secretário municipal de Urbanismo, Habitação e Ambiente, Giovanni Guidone, explicou que “o grande pulo” do Minha Casa, Minha Vida é dar ao cidadão o orgulho de ter comprado o imóvel de acordo com a sua capacidade, sem qualquer tipo de assistencialismo.

 “Se o candidato possui renda exigida pela Caixa Econômica Federal e está com o nome limpo na praça, pode perfeitamente realizar o sonho, como qualquer cidadão, de conquistar a sua casa própria”, disse Guidone, anunciando que a meta do Governo Bornier é chegar a 15 mil unidades, até o final do mandato, em 2016.

         “Ao longo do tempo, a cidade de Nova Iguaçu nunca foi contemplada com um programa, de fato, voltado para pessoas de baixa renda. Felizmente, agora, o Minha Casa, Minha Vida traz uma nova esperança, um novo alento à população da cidade que nunca teve vez. Os programas habitacionais do passado sempre foram assistencialistas. Agora, não, qualquer pessoa passa a ser cidadão, mutuário, dono de seus próprio imóvel”, explicou.


PRESTAÇÃO NÃO PASSARÁ DE R$ 80
         Os candidatos ao programa Minha Casa, Minha Vida devem ter mais de 18 anos, e apresentar Carteira de Identidade, CPF e comprovantes de renda e de residência. Os contemplados com a casa própria serão escolhidos através de sorteio público, com 40% a 50% da evolução das obras do imóvel, conforme exigência do Ministério das Cidades.

O secretário Giovanni Guidone informou que o projeto Minha Casa, Minha Vida envolve, nesta primeira fase, dez mil unidades em condomínios com cerca de 300 apartamentos, cada um. Segundo ainda o secretário, os prédios já estão sendo erguidos em vários bairros. O de Jardim Guandu, por exemplo, tem previsão de conclusão das obras para o segundo semestre deste ano. Os demais condomínios estão localizados na Cerâmica, Jardim Guandu, Ipiranga e Marapicu.

Avaliado em R$ 75 mil, com financiamento de 15 anos, cada imóvel terá prestação torno de R$ 50 a R$ 80. São prédios de cinco pavimentos e apartamentos de 39 metros quadrados, com sala, dois quartos, cozinha, banheiro e área de serviço. Todos terão espaço para uma possível implantação de elevador e unidades adaptadas para idosos e pessoas com deficiência.

Ainda de acordo com Giovanni Guidone, os empreendimentos estarão dotados de total infraestrutura urbana, com ruas pavimentadas, redes de esgoto, água, luz e telefone, além de escolas, creches, posto de saúde e condução na porta. “Não é um simples condomínio. A determinação do prefeito Bornier é que façamos moradias decentes, com dignidade”, informou o secretário.

Os mutuários sorteados vão receber orientação da Secretaria Municipal de Assistência Social durante a construção e também na entrega do imóvel. “Será um trabalho de acompanhamento para orientá-los sobre a criação do condomínio e na eleição do síndico, que irá fazer a gestão administrativo-financeira, com as despesas de água, luz etc”, explicou o secretário Guidone.



        CAMELÔ: ‘MINHA VIDA VAI MUDAR DA ÁGUA PRO VINHO’
        A secretária de Assistência Social, Cristina Quaresma, avalia que grande parte da demanda do Minha Casa, Minha Vida ficará por conta de beneficiários do Programa Bolsa Família. Segundo ela, cerca de 20 mil candidatos já estão inscritos no programa.

É o caso do camelô Cristiano Silva Lima, de 35 anos. Pai de quatro filhos e morador no bairro Valverde, onde paga R$ 450 de aluguel por uma casa modesta, ele procurou a Secretaria Municipal de Assistência Social e fez o pré-cadastro para o Minha Casa, Minha Vida.

“É difícil para o pobre, como eu, que ganho pouco, sem carteira assinada e nem segurança trabalhista, viver de aluguel. Mas se você consegue ter o seu imóvel, conquistado através de um programa maravilhoso, como o Minha Casa, Minha Vida, as coisas mudam da água para o vinho”, disse o candidato, que estava acompanhado da mulher, Andiara, 25, e da filha Andriele, de apenas cinco meses.

Para Cristina Quaresma, do ponto de vista social, o Minha Casa, Minha Vida é o resgate da cidadania para dezenas de milhares de famílias da cidade. “Graças a Deus, estamos avançando bastante na questão da política da moradia, dos programas sociais, como o Bolsa Família, que dão oportunidades às pessoas de saírem da Linha de pobreza extrema em que estariam vivendo”, analisou.

Ainda de acordo com a secretária, o governo tem que trabalhar com políticas públicas, seja em nível municipal, estadual ou federal, “até que chegue ao ponto máximo da cidadania, que é permitir às pessoas o direito à moradia própria com dignidade”

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