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quarta-feira, 9 de março de 2016

Dengue: prefeitura retira mais toneladas de lixo de imóvel no bairro Santa Eugênia


Por: ASCOM/Fotos: Thiago Loureiro
Dengue: prefeitura retira mais toneladas de lixo de imóvel no bairro Santa Eugênia
 A prefeitura de Nova Iguaçu precisou de pelo menos oito caminhões-caçamba e um exército de homens da Empresa de Limpeza Urbana (Emlurb) para retirar, nesta terça-feira (8), cerca de 30 toneladas de muito lixo e quinquilharias acumulados num imóvel de 280 metros quadrados da Rua Paes Leme, no bairro Santa Eugênia.
 A operação, comandada pelo secretário de Defesa Civil e Ordem Pública, Luiz Antunes, foi recebido com muita festa por moradores da região, onde já há registro de diversos casos de gestantes infectadas pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, da febre chikungunya e do zica vírus.
 Na semana passada a Prefeitura recolheu outras duas toneladas de lixo dentro de uma casa classe média da Rua Maria Lúcia, no bairro Monte Líbano. Para o superintendente de Vigilância Ambiental em Saúde, Silvio Diniz, o cenário de abandono e o risco de infestação do Aedes encontrado no imóvel de Santa Eugênia, sinaliza um dos desafios no município para o combate ao inseto.
 Antunes se disse “escandalizado” com a montanha de lixo que havia escondido por trás do muro do imóvel com mais de três metros de altura. Os próprios agentes de saúde tiveram dificuldade para se locomover em meio a montanhas de lixo.
 “Talvez seja um dos maiores volumes de lixo residencial que a gente encontrou, desde que iniciamos as operações diárias para acabarmos com focos do mosquito na cidade. É muita coisa sem utilidade”, disse o secretário, lembrando que Santa Eugênia é um bairro residencial, urbano, localizado próximo ao Centro da cidade. “O que não justifica uma situação como esta”, observou.
 Operários da Emlurb recolheram carcaças de eletrodomésticos, panelas, latas, garrafas, pneus, metais, madeira, papelão, ferragens, embalagens plásticas, engradados, garrafas, telhas, colchões, entre outros objetos, que foram levados para o Depósito Público Municipal. A operação de limpeza do imóvel continua no dia de hoje.
 O secretário Antunes disse também que o número crescente de acumuladores de lixo na cidade, identificado nos últimos dois meses, está preocupando o governo municipal. “Queremos chamar a atenção da população no sentido de que ligue para a Defesa Civil, através do telefone 199 e denuncie. Até porque, se não houver um trabalho de intensificação das ações e parceria com a população, o risco de epidemia pode ser muito grande”, advertiu.
 Motorista de ônibus, Marcelo Nunes da Silva, 42, contou que pelo menos oito vizinhos, entre eles o próprio pai, de 87 anos, estão acamados, vitimados pelo zica vírus.
 “Isto é uma praga que nos atormenta, dia e noite. Peguei dengue e agora com estou com o zica vírus, por obra e graça desta maldita lixeira, bem aqui, ao lado da minha casa. Até quando teremos que viver este inferno?”, questionou a vendedora Ana Lúcia da Silva, 49, enquanto observava larvas do mosquito Aedes aegypty localizadas em um balde abandonado no terreno vistoriado por agentes da Saúde Pública.  
 O dono do imóvel, identificado como Índio Cigano, de 53 anos, alegou que todo o lixo recolhido seria vendido como material reciclável. Mas ele foi desmentido pelo ex-proprietário do terreno, o funcionário público estadual João Batista das Neves Silva, 56.
 “Esse lixo vem sendo acumulado ao longo de um ano e meio, quando fiz a transação com o imóvel. Ele (Índio Cigano) parece não ser pessoa normal, tem procedimento muito estranho, porque não vende, não negocia o material que cata nas ruas; apenas acumula essa lixeira, deixando a vizinhança bastante apreensiva”, denunciou.


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