Por: Geraldo Perelo ASCOM/PMNI
Uma alimentação totalmente balanceada, ao recheio de vitaminas, proteínas e sais minerais, implantada com o novo governo do prefeito Nelson Bornier, está mudando hábitos nutricionais de crianças e adolescentes na rede municipal de ensino de Nova Iguaçu. No Hospital Geral da Posse, o cardápio diário, diferenciado, também já começa a fazer efeito, com a redução do tempo para o restabelecimento da saúde dos pacientes ali internados.
Nutrucionista da Secretaria Municipal de Educação, Gisele Silva disse que havia uma preocupação muito grande do novo secretário de Educação, Paulinho do Leopoldo, com a questão da obesidade infantil, que, conforme dados do Ministério da Saúde, teve um avanço nas duas últimas décadas, na faixa etária de 5 a 9 anos.
Ela explicou que o aumento da obesidade pulou de 4,1% para 16%, nos meninos, e de 2,4% para 11,8% entre as meninas. Por conta dessa realidade a Secretaria Municipal de Educação retirou do cardápio da merenda escolar frituras, guloseimas e produtos com baixo teor nutricional que contribuam para o aparecimento de patologias ligadas ao hábito alimentar.
De acordo ainda com a nutricionista, o cardápio da merenda escolar do município de Nova Iguaçu passou a ser elaborado de forma balanceada. “A nossa alimentação, agora, respeita as necessidades nutricionais das diferentes faixas etárias, incluindo alimentos saudáveis, que são fontes de vitaminas e minerais, encontrados nas frutas, legumes, verduras, leite e seus derivados”, explica.
Atualmente, nas 129 escolas da rede de ensino do município, os alunos já fazem o desjejum a base de leite batido com frutas ou chocolate, por exemplo. Para Gisele Silva, a proposta da Superintendência de Alimentação Escolar é incentivar o consumo de legumes, peixe, frango e carne, incluindo fígado, que, conforme explicou, são alimentos ricos em proteínas, mas que na maioria das vezes não chegam à mesa dos estudantes.
Na Escola Municipal Dulce Raunheitti de Moura, em Jardim Nova Era, muitas crianças só queriam comer feijão com arroz. A merendeira Maria Aparecida da Rocha, 51 anos, contou que foi necessário realizar um trabalho de convencimento para uma mudança de hábito alimentar desses alunos.
“Nós incentivamos os meninos a comerem o que é bom para a saúde deles. Às vezes, não queriam legumes, mas acabavam aceitando quando a gente misturava com a carne”, lembrou a merendeira, que trabalha há três anos na escola, onde os filhos também estão matriculados.
Diretora-geral, Ana Paula Nascimento informou que 97% dos alunos se alimentam na própria escola. “A comida, aqui, é de boa qualidade e as crianças adoram quando o cardápio é estrogonofe de frango”, festeja, frisando que a direção do colégio não precisa mais se preocupar em administrar problemas relacionados à falta de gás, óleo, alho e outros itens.
Já Olga Freitas, nutricionista de uma das empresas que fornecem a merenda escolar, lembrou, por sua vez, que houve também a retirada da ingestão de líquidos durante as refeições, segundo ela, para evitar a dilatação do estômago. Foram abolidos também os embutidos, a exemplo da salsicha. “A proposta é que a merenda tenha gosto de comida caseira”, justifica.
Aluno do 5º ano, Ezequiel Santos Vieira, 10 anos, almoça todos os dias na escola Dulce Raunheitti, onde estuda. “A comida, aqui, é muito boa, sobretudo quando é servido estrogonofe de frango”, conta, satisfeito, lembrando que não dispensa uma boa fruta. Já a colega Kathlem Camily Silva dos Santos, 9, relata que gosta de estrogonofe com batata e de feijão com arroz.
Desde 11 de março, o Ministério da Saúde vem desenvolvendo uma campanha nacional de Saúde na Escola, com envolvimento de técnicos do Programa de Saúde da Família e aferição de peso das crianças.
PACIENTES MAIS SAUDÁVEIS – No Hospital Geral de Nova Iguaçu, também conhecido como Hospital da Posse, muito coisa mudou com o governo do prefeito Bornier, a partir da nova concepção alimentar para pacientes e funcionários.
“A comida melhorou muito. Já teve dia da gente comer macarrão com salsicha, e para beber só ter água. Hoje, a comida é diversificada, a qualidade é excelente e todos os dias temos suco. Mudou muito a comida no hospital”, testemunhou Elaine Martins Ferreira, 34, que trabalha como auxiliar administrativa da unidade médica.
A direção do hospital informou que os pacientes fazem, em média, seis refeições diárias, de acordo com suas necessidades. Eles são avaliados por nutricionistas e recebem suplementação, se for necessário. Já os acompanhantes também podem se alimentar no hospital, com café da manhã, almoço, lanche e jantar.
“O almoço no hospital é muito bom. A comida é gostosa e a quantidade é mais que suficiente. Pra muita gente é muito importante, porque não precisa gastar e nem sair do hospital”, aprova a dona de casa Camila Jesuino Alves, 24 anos, que acompanha a avó internada.
“A refeição do hospital era muito ruim, de péssima qualidade e mal servida. Com a nova gestão, a comida é outra coisa, deliciosa e bem servida”, afirma a auxiliar de serviços gerais Caroline dos Santos Gomes, 19. “Todos os dias, recebemos comida, melhor temperada e muito gostosa”, confirma a paciente Dalvina Alves Joaquim, 75 anos.
Na avaliação na nutricionista Bianca Tatagiba, os cardápios são montados de acordo com a necessidade nutricional dos pacientes, levando em consideração critérios como idade, patologia e hábito alimentar, entre outras questões. “Quando a nova gestão assumiu, fui convidada para chefiar a Nutrição aqui do Hospital Geral de Nova Iguaçu. E a primeira medida que tomamos foi implantar a valorização da nutrição clínica, avaliando e adequando a dieta de cada paciente de acordo com a sua necessidade”, explicou.
Ainda de acordo com Bianca Tatagiba, já é possível perceber bons resultados com as mudanças promovidas. “Melhor nutridos, os pacientes se restabelecem mais rapidamente. É bom ver o resultado do trabalho que está sendo implantado pelo setor de Nutrição do hospital”, comemorou, frisando que, atualmente são servidas 2.270 refeições diárias para pacientes, acompanhantes e servidores.
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