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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Fernando Tinguá, o motociclista ecológico e Márcio das Mercês, guarda do IBAMA

Por: Wandemberg
 Fernando Tinguá, o motociclista ecológico e Márcio das Mercês, o guarda do IBAMA
 O bairro Tinguá tem muitas e surpreedentes histórias a serem contadas, escritas que foram no ‘livro da vida‘ , envolvendo personagens dos mais incríveis.    Nessa oportunidade nos damos ao ‘desfrute’ de contar aos nossos leitores, um pouco da história que reuniu dois ‘tingualenses’ que se tornaram muito populares no bairro mais charmoso de toda a Baixada Fluminenese: A do motociclista Fernando Tinguá, e, a do Guarda Florestal Márcio das Mercês.
 De certa feita..., antes de ser criada a  Reserva Biológica do Tinguá, um homem foi até uma serraria que existia dentro da mata. Era Márcio Castro das Mercês, que embora não estivesse usando fardamento, era o novo guarda do, então, IBAMA, hoje, Instituto Chico Mendes. 
 Se identificou ao dono do estabelecimento e tão logo constatou irregularidades, o guarda ordenou o fechamento do recinto, tendo como acusação principal - extração ilegal de madeira. O proprietário não se fez de rogado, já acostumado com a exploração exercida por determinadas autoridades há época, sem a menor parcimônia, pegou um envelope contendo certa quantia em dinheiro, que já estava separado em uma gaveta, e tentou passar às mãos do guarda. Ficou na tentativa! Para surpresa geral, o guarda, mais que depressa, deu 'voz de prisão' ao madeireiro, por tentativa de suborno..."Daqui pra frente tudo que falar será usado contra o Sr", disse.
 No pátio, perfilados, nove lotes de madeira. Havia, ainda, na mata cerca de trinta árvores abatidas pelas lâminas gigantes das serras , prontas para formarem novos lotes.
 Ao largo um jovem adolescente apreciava, atentamente, todo o desenrolar dos acontecimentos. Era Fernando, um dos filhos do dono do estabelecimento. A ele não passou despercebido o fato do guarda, além de rejeitar a proposta oferecida, ainda, se dar ao dever de explicar as razões de estar tomando tais medidas, ministrando uma verdadeira aula sobre a degradação do meio ambiente e suas graves consequências para a manutenção da vida no planeta. Para o jovem Fernando, embora seu pai naquele momento estivesse sendo enquadrado pela Lei, as palavras proferidas  pelo guarda faziam sentido. Jamais ouvira alguém falar daquela forma sobre a floresta e tudo que a envolvia.
 O tempo passou e Fernando saiu 'vida à fora'. Ingressou na Marinha  do Brasil, onde fez curso de mergulhador e conheceu o 'mundo'. Anos depois 'deu baixa' e acabou indo parar no garimpo de 'Serra Pelada', levando consigo as palavras do guarda que fechara um dia a serraria do seu pai.
 Um dia, porém, a saudade apertou e resolveu deixar momentaneamente o garimpo e ir visitar sua terra querida. Todavia, mal chegou à Praça de Tinguá, um burburinho despertou-lhe à atenção. Por coincidência o entrevero se dava no bar para o qual se dirigia. Chegando lá, havia um homem acuado no banheiro por um grupo de 'palmiteiros' (extratores de palmito) armados, e pronto para detoná-lo. Curioso, Fernando, fez breve investigação entre os presentes, e, atônito ficou quando constatou que o homem acuado era, justamente o guarda, que um dia ao fechar a serraria de seu pai lhe chamara a atenção para a degradação da natureza e da necessidade de se fazer algo em sua defesa. O guarda, intransigente como sempre, apreendera uma carga  de palmito extraída ilegalmente  da mata por um palmiteiro, e, agora, os demais palmiteiros, em solidariedade ao que perdera a mercadoria, vieram pra se vingar. 
 Destemido e acostumado a lidar com situações semelhantes, Fernando sacou de uma arma e pôs em fuga a turba irada, faltando pouco para atear fogo  a um dos veículo usado por um dos do grupo, salvando assim a vida  do guarda. 
 Ficou amigo do guarda e optou por dar um tempo em Tinguá engajando-se no grupo ecológico GDM do qual faziam parte, além, do próprio Márcio(o guarda), o saudoso ambientalista Dionísio Júlio, que mais tarde fora assassinado, brutalmente, por palmiteiros, se tornando símbolo na luta contra a destruição da Mata Atlântica, em Tinguá. 
 No princípio Fernando  se entendia bem com o grupo, com o tempo, porém, começou a divergir na forma de atuar  do GDM, que só se dispunha a ministrar ação tipicamente policial, enquanto Fernando defendia a premissa da educação ambiental, por esse motivo saiu do grupo e se juntou a um grupo de motociclistas, que também não aceitou suas idéias. Resolveu , então, criar sua própria ONG: UBEM (UNIÀO BRASIL ECOLOGISTAS E MOTOCICLISTAS); que até hoje, presta relevantes serviços ao Meio ambiente. 


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