Nova Iguaçu lança Programa Crack é Possível Vencer e anuncia pacote de medidas para combater as drogas

Por:ASCOMFOTOS: Charles Souza

 Nova Iguaçu lança Programa Crack é Possível Vencer e anuncia pacote de medidas para combater as drogas

 A cidade de Nova Iguaçu irá ampliar, no ano que vem, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSAD) II para III, com mais espaço e atendimento 24 horas, no Bairro da Luz. A novidade foi anunciada pelo secretário Municipal de Governo, Thiago Portela, durante o lançamento do Programa Federal “Crack, é Possível Vencer”, nesta terça-feira (26.11), no Patronato, no Centro de Nova Iguaçu. Atualmente, o município conta com um Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (CAPSI) II, no bairro K11, um CAPSAD II e um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III, ambos no Centro.

De acordo com Thiago Portela, mais de 80% dos usuários querem tratamento, mas não têm oportunidade. “Iremos ampliar nossos atendimentos e buscar parcerias para enfrentar as drogas e dar um futuro digno à nossa população”, disse ele.

O objetivo da Prefeitura é tornar o município de Nova Iguaçu referência no enfrentamento do grande impacto médico-social-político e econômico, decorrentes das drogas em geral. A ideia é atuar com ações e estratégias inovadoras, baseadas nas políticas públicas municipais, adotadas em sintonia aos direcionamentos das políticas dos governos do Estado e Federal, e da Organização Mundial da Saúde.

Marcelo Lessa, secretário Municipal de Assuntos Estratégicos, deu outra boa notícia durante o evento. O secretário divulgou que a Prefeitura de Nova Iguaçu concorreu com mais de 300 municípios do Brasil ao edital do Ministério da Justiça de Fortalecimento das Instituições de Segurança Pública. De acordo com Lessa, o município foi habilitado e classificado em 12º lugar, o único do Estado do Rio de Janeiro.

O projeto da Prefeitura de Nova Iguaçu visa a estruturação de equipes, com treinamento e capacitação de agentes, aquisição de veículos e equipamentos que serão utilizados em ações estratégicas de políticas de segurança pública do município. “Não tem como enfrentar as drogas sem integração. O problema não foi tratado na raiz pelos governos anteriores, por isso se proliferou. O papel do município na área da segurança pública é a prevenção”, disse Lessa.

Para a secretária Municipal de Assistência Social, Cristina Quaresma, só no governo Nelson Bornier o plano tem chances de dar certo, porque o prefeito é totalmente voltado para o social, para a educação, cultura e saúde. “Só com união conseguiremos encontrar a porta da saída e melhorar as questões das drogas no município”, enfatizou Quaresma. A secretária Municipal de Educação, Maria Aparecida Rosestolato, revelou ter uma demanda de mais de 60 mil alunos e que a entrada de drogas nas escolas e a influência do tráfico são sempre fatores muito preocupantes.

Portela explicou que o fórum nasceu da importância de expandir a apresentação do plano crack municipal para as instancias governamentais e sociedade civil. “É na articulação entre os saberes, práticas e serviços que construiremos uma rede sólida de atenção e prevenção aos problemas originários ao uso de drogas”, destacou Portela.

A psicóloga Aline Medeiros, coordenadora do Comitê de Gestão Municipal do Programa “Crack, é Possível Vencer”, disse que o encontro possibilitou ao governo e à sociedade civil conhecer metas e compartilhar ações, elaboradas em um plano eficaz. Para a psicóloga, a magnitude e complexidade dos problemas relacionados ao uso, abuso e dependência do álcool, do crack e de outras drogas, representam uma das mais sérias questões de saúde e de segurança pública para a sociedade e para os governos nos seus níveis Municipais, Estaduais e Federal. Aline explicou que, nas últimas décadas, pode-se dizer que pessoas, famílias, comunidades, empresas e demais instituições, públicas e privadas, vem sofrendo, de forma direta ou indireta, com as conseqüências das perdas e danos devidos ao contexto das drogas.

Participaram da mesa de abertura os secretários Municipais de Governo, Thiago Portela; de Assistência Social, Cristina Quaresma; de Educação, Maria Aparecida Rosestolato; de Assuntos Estratégicos, Marcelo Lessa; a coordenadora do Comitê de Gestão Municipal do Programa Crack é Possível Vencer, a psicóloga Aline Medeiros; e a superintendente de Saúde Mental, da Secretaria Municipal de Saúde, Ana Borges, representando o secretário de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Junior.

O Grupo Sky Dance apresentou um musical sobre a vida dos jovens nas drogas. Os atores e dançarinos do grupo são alunos da Escola Municipal Walfredo da Silva Lessa e de outras escolas de Austin. Eles participam do Programa Mais Educação, com horário integral, que tem como estratégia diminuir o tempo que os jovens têm para ficar na rua e aumentar a oferta de atividades de cultura e lazer.