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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Lançamento do livro Frutos da Terra

Professor Sérgio Fonseca, Sérgio Carapreta, Marcelo Amâncio, Edinho, Professor Otair e Professor Gilberto. Data 4 de maio de 2011 na primeira reunião
Gigantes da cultura da Baixada Fluminense: Edinho, Professor Otair e Sérgio Carapreta


Por: WandembergFoto: Sérgio Ramoz
Quem ler vai se surpreender! A julgar pelo que li no Frutos da Terra, posso dizer, Nova Iguaçu é a terra dos compositores. Livro vem mostrar que muitos sucessos do cancioneiro nacional foram feitos por inúmeros compositores e alguns cantores que viveram, ou vivem em Nova Iguaçu(famosos e anônimos):
Neguinho da Vala(Neguinho da Beija Flor). O inolvidável Dedé da Portela. Nelson Trigueiro. Luiz Soberano. Monarco. Aniceto do Império. José Amâncio Cavalcante. Henrique Ribeiro. Nelson Cavaquinho. Ney Alberto. Dicró. João do Vale. Luperce Miranda. Roberto Roberti. Romildo. Cabana. Ângela Maria, são apenas uns dentre outros frutos da terra. O próprio Cartola viveu por um ano em nova Iguaçu. Dominguinho foi um que viveu parte de sua infância por aqui... 

Cantores como Ângela Maria. Cauby Peixoto. Clara Nunes. Zeca Pagodinho. Almir Guineto fizeram sucesso com músicas da lavra de compositores de Nova Iguaçu.

UM LEGADO HISTÓRICO
O lançamento é um ‘divisor de águas’!  Doravante, graças a abnegação de pessoas inteligentes e voltadas para a nobre causa do samba, um inestimável legado histórico removido do testemunho de ‘bambas’, através  de ‘Rodas de Conversa’ (na UFRRJ - Campus Nova Iguaçu), chega em forma de livro, não só para enriquecer a cultura contemporânea, mas também  a posteriori. Frutos da Terra mostra a Influência, a importância do samba e de sambistas de Nova Iguaçu, quase todos negros, na tradição musical de nossa imensa nação.  

Para melhor sintetizar o valor histórico, moral e cultural da obra separei alguns trechos do livro: 

“Vale a pena lembrar que tudo começou, quando um sambista inconformado e revoltado com a  ‘sorte’ dos compositores e sambistas da Baixada Fluminense buscou a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, especificamente o Laboratório Afro-Brasileiro e Indígenas e propôs a elaboração de um livro sobre o carnaval de Nova Iguaçu. Este sambista é Sérgio Manoel Amâncio, conhecido no mundo do samba como Sergio Carapreta. Como a maior parte dos sambistas , Sergio é de família negra e pobre. Nasceu em 1949, em Nova Iguaçu, e entrou para o mundo do samba em 1961”, (...) 

“Estudar o samba é compreender a força e a riqueza da sua cultura, reveladas nas suas ambiguidades, complexidades e diferentes vertentes.”

“Não é por acaso que a ginga do samba está nas ruas, no gingado do povo diante das adversidades da vida; está no futebol, no passe, no drible... O povo canta, o povo dança, o povo samba! O samba é a língua e é a expressão cultural do povo brasileiro”.

“A cultura do samba compreende um processo rico, dinâmico e que não pode ser separado de determinados processos sociais da história do Brasil, melhor dizendo, da história da população negra ou afro-brasileira”.  

*“Foi sob o comando de Sérgio Carapreta e Edinho  Oliveira que o Trem da Harmonia mobilizou, há dois anos, uma parte  da comunidade e pessoas vinculadas  ao mundo do samba iguaçuano  e desembarcou na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro”.(UFRRJ), Campus Nova Iguaçu, protagonizando uma cena jamais vista nessa universidade: personagens do mundo do samba iguaçuano (compositores , passistas, baianas, jornalistas, entre outros) subindo a rampa de acesso do prédio do Instituto Multidisciplinar(IM); foi o pontapé inicial, a primeira reunião para a elaboração desse livro, cuja autoria é coletiva, ocorrida no dia 4 de maio de 2011”.

“Durante as inúmeras reuniões, Sérgio Carapreta, com uma memória privilegiada e sabedoria peculiar, contava as travessuras de alguns compositores e relembrava alguns sambas de sucesso na música popular brasileira, cujos compositores são de Nova Iguaçu ou que nas terras de iguassú ‘fincaram pé’ por algum tempo. Isso proporcionou um grande aprendizado e estimulou ainda mais o desejo e o compromisso de fazer este livro”. 

O livro mais aguardado do ano, pelo menos no aquém Sarapuí (vide professor Sérgio Fonseca), foi confeccionado em 115 páginas úteis chanceladas por 14 baluartes, a saber: 
Ariane Adão Lopes Teixeira. Beatriz dos Santos Chaves. Carla Cristina Coutinho da Nóbrega. Edna Inácio da Silva e Silva. Edson José Alfredo de Oliveira ( Edinho Oliveira). Marcelo Rabelo de Santana Amâncio. Natália Cucinello Albuquerque. Otair Fernandes. Sérgio Fonseca. Sérgio Manuel Amâncio (Sergio Carapreta). Valdirene Nunes de Santana Pessoa. Valeria Correa Lourenço. Valeria Vieira da Silva. Yndiara Costa Augusto.

*Trem da Harmonia: Bloco, no qual Sérgio Carapreta é um dos principais fundadores e, que se digna a enaltecer os ícones da cultura contemporânea de Nova Iguaçu e da Baixada Fluminense, sem contudo deixar à margem acontecimentos do passado.

Obs: Não esquecemos dos sambistas atuais. Esse assunto terá sequência mais à frente, quando, com mais entusiasmo falaremos dos sambistas contemporâneos de Nova Iguaçu/Baixada, como: Crispim, Pinga, Claudinho, Carabina, Jairo Bráulio, CLenilson, Adenilton, Roxinho e outros...referidos no Livro.










Um comentário:

Trem da Harmonia Destino Baixada disse...

Berguinho vc conseguiu me emocionar com essa matéria...O Trem da Harmonia Destino Baixada fica Lisonjeado em termos como amigo e parceiro e desejamos ostensiva vida e sucesso pra que tu meu amigo, conquiste vitórias e sabedorias a qual ti pertence.
Um grande abraço.